domingo, 21 de dezembro de 2008

Relogio do Coração?


Há tempos em nossa vida que contam de forma diferente.
Há semanas que duraram anos, como há anos que não contaram um dia.
Há paixões que foram eternas, como há amigos que passaram céleres, apesar do calendário nos mostrar que ficaram por anos em nossas agendas.
Há amores não realizados que deixaram olhares de meses, e beijos não dados que até hoje esperam o desfecho.
Há trabalhos que nos tomaram décadas de nosso tempo na Terra, mas que nossa memória insiste em contá-los como semanas.
E há casamentos que, ao olhar para trás, mal preenchem os feriados da folhinha.
Há tristezas que nos paralisaram por meses, mas que hoje, passados os dias difíceis, mal guardamos lembrança de horas.
Há eventos que marcaram, e que duram para sempre – o nascimento do filho, a morte da avó, a viagem inesquecível, o êxtase do sonho realizado. Estes têm a duração que nos ensina o significado da palavra “eternidade”.
Já viajei para a mesma cidade uma centena de vezes, e na maioria das vezes o tempo transcorrido foi o mesmo. Mas conforme meu espírito, houve viagem que não teve fim até hoje, como há percurso que nem me lembro de ter feito, tão feliz estava eu na ocasião.
O relógio do coração – hoje descubro – bate noutra freqüência daquele que carrego no pulso. Marca um tempo diferente, de emoções que perduram e que mostram o verdadeiro tempo da gente.
Por este relógio, velhice é coisa de quem não conseguiu esticar o tempo que temos no mundo. É olhar as rugas e não perceber a maturidade. É pensar antes naquilo que não foi feito, ao invés de se alegrar e sorrir com as lembranças do que viveu.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Psicologia de um vencido...

Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênesis da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.

Profundíssimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de cardíaco.

Já o verme - este operário das ruinas -
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e à vida em geral declara guerra,

Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há-de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorganica da terra!

domingo, 19 de outubro de 2008

Uma breve história de três casamento..[Primeira Parte]

Párafase


Tudo começa quando três casais, cada um de sua maneira atravessam por inúmeras situações que porém os individuos a conspirarem ou lutarem a favor da idéia do casamento.

Trata, de forma sátira e as vezes trágica, o comportamento humano dentro da relação conjugal. Dos porquês dos muitos conflitos e dores causados pelas vítimas desta idéia visionaria que prega a certeza de uma vida à dois feliz.

Deixa, logo de início, o leitor ciente de que todas as pessoas que se envolverem com o casamento são vitimas e não culpadas das atrocidades causadas por elas, umas contra as outras. Mas não prega, apesar de tudo, o rompimento de todas as formas de relações conjugais. Busca, nas filosofias orientais, meios para se viver uma relação á dois sem os habituais arranhões que tanto ferem e fazem sangrar os indivíduos para o resto de suas vidas.

Sem perder o fio condutor, a história avança por caminhos nebulosos do comportamento humano, descortinando segredos sobre como se viver bem com apenas o entender e aceitas as pessoas, todas as pessoas como elas são e não como se gostaria que fossem. Eleva-se, de forma que assim se possa construir uma relação sólida e duradoura além de boa para que o homem e a mulher possam juntos, viver e criar seus filhos e com eles aprender e ensinar a olhar para si antes de formular as tão destrutivas críticas, perdição para quase cem por cento de todas as relações. Por esta razão haverão leitores que dirão que esta obra não passa de mais um livro de "auto-ajuda". Mas não , não se deve prender-se a esta falsa idéia. Talvez o desespero do autor em se auto descobrir, acabou sim, por escrever sua própria biografia?

Porém isto não passa de uma hipótese. Será preciso não se estar preso a valores, desvincular-se dos paradigmas atuais e regras que conduzem à obscuridade, nunca à verdade sobre as causas que nos conduzem aos martírios e frustrações dos nossos sonhos que se perdem no momento que resolvemos nos unir à pessoa amada. "O QUE ONTEM ERA AMOR, HOJE VAI SE TORNANDO OUTRO SENTIMENTO" e as indagações, sempre as mesmas: Porque se trai a pessoa amada com outras pessoas, muitas vezes estranhas e até mesmo com profissionais do sexo?

O que nos leva a nos tornar adúlteros e correr riscos incalculáveis?

Quantos imperios ruiram por causa deste suposto simples impulso, e quantos ainda irão cair?

Será mes que "LIVRE ARBÍTRIO" nos é uma certeza?

Somos, mesmo senhores de nossos atos como pregam as grandes religiões?

Trai-se por pura devassidão, ou algo, uma força maior que nossa tímida razão, pulsa bem mais forte dentro de nós?

O que nos leva a viver assim?? à merce das imposições da natureza, é ela mesma

Escravos felizes em atender as vontades de seu senhor e tristes por causar tanta dor em seus entes queridos.

Texto emprestado: Valdemir Augusto Pereira

Livro - Crime Castigo - Fiodor Dostoievski
Musica - Continuação - Lenine
Rodada - Palmeiras 2 x 2 São Paulo

domingo, 12 de outubro de 2008

Tolerancia




"Felizes para sempre?"


O tempo vai passando conhecendo pessoas num ramo imenso de diferentes pensamentos e idéias, mas, as vezes fico me perguntando se serão mesmo tão diferentes uns dos outros?

Entendo que do ponto de vista, da participação de um mero terceiro, um mero observador, a minha opinião é totalmente obsoleta, mas me confundo se seria mesmo uma opinião ou um questionamento interno, uma "neura" perdida nessa verdadeira caixa de pandora, que é a minha cabeça.

Pessoas se conhecem, se relacionam, se juntam, se separam, sentem uma fome um desejo, uma coisa irracional, e tudo de forma inconsequente, é certo! porém e o contrario? normal? é raro?..não sei.

O que leva pessoas a viverem juntas por um longo período de tempo, amor? acredito que ele também é responsavel, embora exista incontaveis controversias, o fato é que fico me questionando o fato de que pessoas, tolerem, adversidades, por se apoiar em um sentimento tão trancendente como amor, carinho, e sentimentos similares, até porque, acho dificil a qualquer um definir amor, até mesmo para os romanticos, as opiniões divergem demais.

A convivencia é uma coisa complicada de se expor, de relacionar, de tolerar, de perdoar, de aceitar, mas qual o limite de tudo isso?... e será que esse limite, assim como uma caixa d"agua necessita ser sempre abastecida até atingir seu limite?, seres humanos são diferentes, e são iguais. Mas o que leva pessoas a se martirizarem, em um relacionamento obsoleto, sem o minimo de decencia e respeito, simplesmente para exibir, um retrato, em reuniões de amigas, ter um pedaço de carne para apresentar aos amigos, não ser solteirona da familia, ou o medo sabe-se do que...os motivos são infindaveis, mas nenhum me parece justificavel, para tolerar ao nosso lado a pessoa, que agride individualidade, e respeito próprio e mútuo, mas, como eu sempre digo...
falar é facil....quero ver você fazer diferente!!!

Livro - Crime Castigo - Fiodor Dostoievski
Musica - The Turning - Oasis
Rodada - Venezuela 0 x 4 Brasil

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Envelhecendo

"Lembro-me de quando era criança e via, como hoje não posso ver, a manhã raiar sobre a cidade. Ela não raiava para mim, mas para a vida. Porque então eu, não sendo consciente, eu era a vida. E via a manhã e tinha alegria. Hoje vejo a manhã, tenho alegria, e fico triste. Eu vejo como via, mas por trás dos olhos, vejo-me vendo. E só com isso, se obscurece o sol, o verde das árvores é velho, e as flores murcham antes de apreciadas."

Envelhecer. Este o dilema crônico de cada um. Como num poema de Fernando Pessoa, não sou mais o mesmo a cada ano que passa, mas diverso e único a cada ano que passa por mim.

Todos envelhecemos, pais, filhos, amigos e ausentes. Mas todos sabemos que guardamos em comum apenas o desejo de ser o que jamais conseguimos. Ou conseguiremos.

Nas voltas que o mundo dá a gente se descobre forte, fraco, ora rico, às vezes apático. Mas o que perseguimos, a cada manhã acordada, a cada noite dormida? O que buscamos, senão o destino da vida?

O homem vive cercado de dúvidas, mas busca sempre refúgio nas poucas certezas que encontra. Mas esquecer parece ser este, de fato, o verdadeiro destino de muitos. Esquecer muitas vezes acaba sendo um alívio, quando a ausência de dor ou tristeza acaba confundida com a alegria, estado natural da felicidade.

Mas envelhecer é melhor quando não esquecemos. Quando olhamos pra trás e descobrimos que algumas pessoas passaram por nossa vida e acabaram ficando – em nossa memória, em nossa lembrança, às vezes até em gestos não percebidos. Nascemos uno, morremos vários – eu sou o que fui e mais quem foi em meu passado; eu sou o que vivo e com quem vivo, não vivo isolado.

Como não acreditar que a vida permaneça? Como admitir que morremos com o corpo, reduzidos à simples carcaça? Eu sei que envelheço a cada dia com quem vivo ou já vivi. São testemunhas e participantes de meu estágio terreno. Estão em mim, mesmo que ausentes. Chegaram e ficaram.

Mas de tudo isso o que aprendo a cada dia é que a incerteza é o grande trunfo da vida. E a dúvida nossa primeira e maior religião. O que faz sentido na vida senão as estações da natureza, estas sim, sempre presentes apesar do homem e seus temores?

Somos o que perguntamos, jamais o que sabemos. O saber é tênue, mas a dúvida é eterna. Envelhecer é o segredo de aprender a duvidar, e fazer da dúvida a única certeza de que o que vivemos vale sempre a pena experimentar.

Livro - Crime Castigo - Fiodor Dostoievski
Musica - Don't Let Me Down - The Beatles
Rodada - Palmeiras 3 x 1 Atletico-MG

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Ignorante

"Você não vai com a minha cara?"

A ignorancia me impede de notar o irreversivel, sentado nesse pc, envolta de seres estranhos a se entreolhar, não consigo perceber o obvio, todos cochicham dão risadas o sol brilha la fora, e nada não consigo esboçar reação, sou somente levado pela inercia nos acontecimentos recentes, nada, nada mais faz sentido, o conhecimento outrora, adquirido, me torna infeliz, e cego, mas não reconheço minha fragilidade para poder, assimilar tudo.

Me sinto, um ser baixo, por permitir ser usado, mas eu fui de livre expontanea vontade, tudo não passa de consequencias, mas seria esse mesmo o motivo do sofrimento? ja não sei mais.

Recapitulando, vasculhando profundamente a memoria, tudo é turvo, guardado, como se fosse um segredo do qual, teria guardado comigo inconcientemente, sem que o conciente pudesse tomar conhecimento de tais fatos,fatos....tudo se mistura, aquele brilho, aquele grito, aquelas lagrimas, e aquela lapide.... tudo em um dia aparentemente perfeito, que assim como de hoje, era um céu azul, com se tirado de um desenho animado, com aquele sol radiante e imponente a brilhar na imensidão infinita.

Livro - Os Irmãos Karamazovi - Fiodor Dostoievski
Rodada - Cruzeiro 0 x 1 Palmeiras

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Extra! Extra! Extra-Conjugal

Com mil demonios, por que é tão dificil de entender?!. Afinal de contas tudo é tão obvio para mim, se você tivesse o tipo de experiencia que tive, e convivido com as pessoas que convivi, e que convivo até hoje.

Sou ciumento possessivo e obstinado, um problema?.. de fato, a questão é que ninguém se importa com a opinião, ou a razão de tal comportamento.

- Ora por favor não me critique!

Cresci acreditando que o matrimonio, e relacionamentos monogamicos, são a forma, natural de se prosseguir a vida, e que a traição, ou como diz, episodios extra-conjugais, fossem somente fatos, de filmes de ficção, e que na vida real isso não existe, e que os homens são total e completamente culpados, por uma eventual traição, realizada por suas respectivas companheiras.

E o mais absurdo, que mulheres, capazes de qualquer tipo de traição de fato não existe, são fruto de imaginação dos outros. Droga!!!, eu sei....sou um tolo.

Ao assistir uma apresentação musical, a cantora verbalizou uma letra da qual jovens cantavam efusivamente, e será que a questão esta aí, sempre esteve e eu mais uma vez não percebi, e acabei crescendo em um mundo de fantasias? a letra dizia "Se você acordar, e eu tiver ido embora, com ele?? isso é normal", normal???, por que diabos eu não consigo concordar?.

Sou culpado por participar de epsodios dos famosos casos extra-conjugais, as vezes usando e as vezes sendo usado, o fato, é que fazendo uma reflexão, e relembrado casos antigos, me parece que eu sempre estive, rodiado de casos assim, e infelizmente de mulheres assim.

O que faço?, um ditado chucro diz " a carne é fraca", não sei se é isso o termo certo, uma vez provado do veneno, ele espalha rapidamente pelo corpo, e você se vê derrepente rodiado de circunstancias semelhantes, e sempre sendo conivente com os fatos, simplesmente deixar rolar.....

E se tomo de salto questionado sobre a questão do ciúme, a epifania so tem como resultado experiencias passadas, assim como todo ser humano no poder é potencialmente corruptivel, toda mulher é passivel de trair, sem exeções!!!......acho que o dia em que mudar de opinião, o que eu espero seja o mais breve possivel......o meu ciumes doentio cessará!.

Livro - Irmãos Karamazóvi - Fiodor Dostoievsk
Musica - A Dança Arabe - Tchaikovsky
Rodada - Atletico PR 1 x 2 Palmeiras

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Félosofando


"Nada de grande no mundo foi realizado sem paixão"

No efeito colateral de se viver em um mundo capitalista, estive incapaz fisicamente e psicologicamente de estar escrevendo aqui, fato que me deixou com um excesso de emoções e pensamentos sobrecarregando o meu âmago, e na ansia de romper com arcabolso, e obter a ruptura do metodo seguido a risco durante os ultimos dias, retomo "félosofando" sobre a ultima semana. e claro trabalho, entrando de leve em relacionamentos interpessoais relacionados.

A competição; não que competição e o mal sejam meras suposições negativas são bem reais; mas são, na perspectiva da sabedoria, estagios para realização e o bem.

A luta é a lei do crescimento; o caráter é formado na tempestade e na tensão do mundo; e o homem só alcança sua plena estatura através de compulsões, responsabilidades e sofrimento. Até a dor tem o seu fundamento lógico; ela é um sinal de vida e um estímulo para a reconstrução.

A paixão também tem um lugar na razão das coisa, e mesmo as ambições egoístas de Napoleão contribuem, sem o saber, para o desenvolvimento de nações. A vida não é feita para a felicidade, mas para realizações, e esse conteudo insipido é indigno de um homem.

A historia só é feita nos períodos em que as contradições da realidade estão sendo resolvidas pelo crescimento, assim como as hesitações e a falta de jeito da juventude se transformam na facilidade e na ordem da maturidade

E tenho dito!


Livro - Os Irmãos Karamazovi - Fiodor Dostoievski
Musica - Like Fire - Dido
Rodada - Flamengo 2 x 1 Gremio

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Por trás da "photo"...




"Ser prolixo é chato"


Olhando aquela foto a anotação no verso, começo a relembrar situações e volto novamente a questão.
O saber escutar é algo muito importante; mas, em geral, temos inúmeras opiniões, idéias, experiências e conclusões antecipadas através das quais filtramos tudo o que ouvimos, e por essa razão nunca ouvimos nada de maneira nova; traduzimos sempre o que vimos de acordo com uma determinada tendencia, ja disse isso aqui varias e varias vezes, porém isso me incomoda cada vez mais.


Assim, é de real importância saber ouvir sem interpretar; porém, isto é, sem dúvida, um problema dficílimo.


Em geral, não gostamos de ouvir coisa alguma de maneira completa, com plena atenção, porque nessa operação descobrimos às vezes o que realmente somos; por isso, costumamos estender cortinas de proteção entre nós e o que nos dizem.


Enfim é óbvio, pois, que seria muito bom se fôssemos capazes de ouvir simplesmente, visto termos inúmeros problemas - não só pessoais, como também sociais, politicos, econômicos - para os quais precisamos encontrar a solução correta; e não haverá possibilidade de encontra-la, se, para tanto dependermos de alguma opinião, de conhecimentos adquiridos em livros, ou em conferencias. Mas isso é uma outra historia....


Sem dúvida, para acharmos alguma solução, deveria saber como ouvir o fato, o próprio problema; mas não é isso o que fazemos, quando interpretamos o problema de acordo com as nossas idiossincrasias ou opiniões pessoais....mas enfim, ja nem sei mais....

Livro - Os Irmãos Karamazovi - Fiodor Dostoievski
Musica - Allegro e Coral - Aleluia (Handel)
Rodada - Botafogo 1 x 0 Palmeiras

terça-feira, 29 de julho de 2008

Doente


"Quanto mais conheço as pessoas, mais eu admiro os cachorros"

As vezes como agora eu sinto na pele a frase aí de cima, que ouvi uma vez como desabafo de um professor nos tempos de faculdade. Tanta petulancia e arrogancia, que a constatação obvia me deixa estupefato, a olhar para o céu procurando uma solução.

Seres humanos são bichos estranhos, trocam elogios, frontais, e atiram flechas e facas pelas costas, sou testemunha do fato em ambos os lados, a minha postura neutra, ja esta me transformando em um bicho doente.

Instigado, subjulgado, a declarações das quais não expresso opinões, e o antagonismo criado pelos outros em reação a minha postura torna-se cada vez mais frequente, mas tantos seres com diversas mascaras, me pertubam, doente.

Não sei sinto que se começo a pensar na raiz dos fatos, chego a uma besta fera imensa maior do que toda a existencia humana, mas onde isso vai parar? eu não sei, e tenho medo de descobrir. As pessoas são implacaveis, somos implacaveis, e egoistas sem excessões.

Me sinto profundamente decepcionado, com postura adotada por algun individuos mediocres a me cercar, a arrogancia, a soberba, não permite enchergar a quão pobre somos todos nós, mas a unica coisa que posso fazer é digerir essas palavras ao monitor...infelizmente, o sofrimento, há de cessar um dia, com o tempo, pois se as pessoas que me cercam possuem atitudes tolas, a conclusão é simples, somente convivendo com os tolos aprendemos a ser tolerantes.


Livro - Os Irmãos Karamazovi - Fiodor Dostoievski
Musica - Lyla - Oasis
Rodada - São Paulo 3 x 1 Portuguesa

segunda-feira, 28 de julho de 2008

O Fim de Semana Perdido: Tic Tac

"Se nós dissessemos tudo o que pensamos tudo viraria uma grande balburdia"

Tic tac do relogio, igualmente a um zig zag infinito e insuportavel, o fato do tempo seco ao estremo me causa um temendo mal estar, mal estar associado, a sensação que tenho sempre nessas circunstancias, deitado novamente a observar o espelho no teto do quarto, outro fim de semana igual a muitos outros, o que por se dizer ja incomoda, incomoda muito, sempre tudo igual, procrastinação em reação a mudança? ou o maldito continuismo, e o culpado sempre eu!

Tic tac do relogio, e a mesma pergunta de sempre, por que ela se importa tanto, e por que isso me incomoda indifinidamente? estamos ali, por conveniencia de ambos, nada mais do que isso, não cobro nada de você porque sei que nem que se esforça-se por mil anos, você iria me satisfazer como ser humano, e eu não me esforço para fazer algo por você, tudo é mera circunstancia, meramente burocratico, merea conveniencia, necessidades basicas por assim dizer, isso ja responde qualquer pergunta posterior, mas curiosidade, ou sei la o que, estravasa qualquer senso comum, ou seja la o que for.

Tic tac do relogio, como uma matraca, uma dobradiça velha a ranger, a voz insiste em meus ouvidos, céus, você e eu sabemos que estamos errados, então pra que se importar? por que procurar motivações, o fato esta feito, esta consumado, a estrutura de todo o plano ja foi executado, as vitimas pouco importam, cientes ou não.

Tic tac do relogio, uma melodia constante, que hipnotiza, mas sera que o imaginario escancarado é realmente uma coincidencia? as vezes fico a me questionar sobre isso, todos erramos, o fato de ser humanos serios e comprometidos com qualquer tipo de finalidade, não importa mais, não temos tempo, o tic tac é cada vez mais rapido, e cada vez mais insuportavel na minha vida, mas por que? por que? por que ela não percebe?

Livro - Os Irmãos Karamazovi - Fiodor Dostoievski
Musica - Cry me a River - Justin Timberlake
Rodada - Gremio 1 x 1 Palmeiras

terça-feira, 22 de julho de 2008

O Fim de Semana Perdido - 1 Domingo Qualquer





A excitação ainda persiste, ja passada mais de 48 horas, afinal de contas fico me perguntando que domingo foi esse?...foi um domingo perfeito, a soma de conflitos que enfreitei internamente, e a conclusão obvia, juntamente a satisfação provisória porém satisfatória superando todas as expectativas possiveis......

Folheando desinteressado o jornal, as mesmas noticias, corrupção que gera mais corrupção, as vezes acho que a midia da graças aos céus por vivermos em um país tão elameado, pois só assim podem encher suas paginas, com assuntos da espécie, grande paradoxo afinal necessita informar certo? mas deve filtrar as informações....santa confusão, e continuismo que é sempre um "porre".

Bom um uma nota minuscula, 4 linhas, e meus olhos brilharam intensamente, não sei por quantas vezes li, aquilo, como duvidando dos meus olhos, liguei o computador atrás de informações na rede mundial de computadores, juntamente ao telefone, disquei uma gravação atendeu do outro lado, porém não confirmava a gravação com as informações lidas por mim, fui no site informado...nada!, a frustração foi dominando, pesquisei mais um pouco, e uma fonte que não achei das mais confiaveis, estava confirmando a informação lida por mim, foi o suficiente pra mim no momento precisava do que fosse o menor indicio, da confirmação da informação. Desliguei o PC entrei no carro, e saí na noite, peguei o necessario e retornei. Noite abafada seca ar ruim, e uma excitação tremenda.

Horas depois, com os olhos fechados, comecei a verificar mais um paradoxo na minha vida que me incomoda profundamente a muito tempo, abri os olhos, do meu lado direito, o comandante da maior capital, da federação, e do lado a frente comandante das forças protetoras do país, ali no meio de tantas autoridades fico me perguntando, consigo dialogar com pessoas do tipo, tão importantes em meio a sociedade, e por outro lado não consigo trocar 2 palavras com pessoas tão importantes pra mim...unicamente pra mim.

Enfim, isso era o de menos, o que importava é que devido aquelas linhas lidas por mim na noite passada estava me propiciando uma manhã, sem definição, ali naquela sala, diante de um palco maravilhoso, com musicos espetaculares, uma plateia emocionada, e a musica arrepiando até o fio da nuca, realmente uma emoção idescritivel, foi realmente maravilhoso para mim, embora para 199 pessoas, minha alegria se baseava no pesar delas, e mais um embate a ser travado no meu amago, o mal estar sentido no inicio, me fez crer, que a cada dia que passa, um sentimento nefasto e ditatorial, esta invadindo minha mente e razão, mas naquela manhã, isso foi sepultado, temporariamente...e tudo foi lindo, foi um domingo....inesquecivel....não gastei um centavo, embora analisando agora, acho que dinheiro nenhum pagaria o ocorrido....ah que domingo foi aquele?, e essa é a unica homenagem que posso humildimente prestar as pessoas que proporionaram o ocorrido.

“A vida é, um sopro. Um cristal. Preciosa. Intensa. Um movimento constante, muitas vezes rápido e acelerado demais pelas tarefas e obrigações do dia-a-dia. Uma sucessão de etapas, cheia de mudanças e acontecimentos. Uma experiência fantástica, repleta de percalços e de aprendizados. Dias bons e dias ruins, momentos felizes, outros nem tanto. Um turbilhão de emoções, até que chega a hora da partida. E ninguém sabe quando essa hora vai chegar. Para muitos, ela é anunciada, para outros, chega de surpresa. É como uma viagem sem volta, um vôo cego, rumo ao desconhecido.”


Livro - Os Irmãos Karamazóvi - Fiodor Dostoiévski
Musica - Aonde quer que eu vá - Paralamas do Sucesso
Rodada - Goias 3 x 2 Palmeiras

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Eu sabia! droga eu sempre soube²


Dei a partida no carro e saí acelerado...pensei que resolveria...ah Fernando...ah Fernando...ledo engano...foi aí que tudo começou......



Parado em cima do viaduto na noite gelada observando perdidamente os carros na parte inferior indo e vindo, luzes viajando num efeito psicodelico, carros...e a lembrança daquele dia me volta a mente, me julgo extremamente infeliz por ter uma memória tão eficiente, que não me deixa esquecer os mais diversos acontecimentos, os de maior infortunio principalmente. Fecho os olhos e somente sinto o vento zumbino em meus ouvidos....e as lembranças vão vindo cada vez mais intensas.


Dei a partida no carro, e saí acelerado, o ronco do motor a me incomodar, mas não tanto quanto aquela dor, aquele terror nos olhos refletidos no espelho, ´parei no semaforo, abracei o volante em uma sensação imensa do mais absoluto desespero, o celular em cima do banco do passageiro...tentação...tentação....fechei os olhos e forcei os dentes com tanta força que acabei mordendo os labios, senti o gosto do sangue na minha boca, e foi aí que o carro de trás começou a businar freneticamente, engatei a marcha e segui, o trajeto.


Conforme fui me aproximando o coração foi batendo mais forte, estacionei no meio fio, a rua estava escura e deserta, dei duas buzinadas, e encostei a cabeça no banco, olhei novamente pelo espelho, o terror dos olhos continuavam lá, ali sozinho no escuro, so pensava naquele brilho, aquele brilho que vinha das mãos dela, naquela imagem do mais absoluto terror, mas aonde eu estava não havia mais volta, era assumir ou assumir, ela entrou no carro, o silencio foi profundo, funebre, a atitude do dia anterior me fez me sentir um ser nefasto, mas eu não podia mais, eu não me conformo, não acreditava, será que eu estava hipnotizado? não sei, nunca irei saber.


Engatei a marcha e dirigi até o segundo ponto, ao chegar no local, ela desembarcou como em toda a viagem, em silencio, silencio que para nós ja foi totalmente ensurdecedor, silencio que so foi quebrado no momento em que disse as palavras mais aterrorizantes que ja ouvi até hoje, saí do carro e caminhei lentamente, parei por um instante, diante daquela lapide, fria, tão fria quanto o que vinha de debaixo dela, mas não acredito, que aquilo de fato me incomodava, o inconformismo, que me tomou era bestial, capaz de tomar todos os meus sentidos, aquela imagem, aquele brilho, droga, sempre esteve la, sempre, demorei tempos para cair em si, e a reação foi da forma mais traumatica possivel.


O trajeto de retorno segui sozinho, mas a mente continuava longe, na velocidade da estrada vazia, olhei mais uma vez para o retrovisor os olhos vermelhos, rosto inchado, fiquei cabisbaixo por um instante, até que fui assustado por um som semelhante a uma trombeta, olhei para minha esquerda, e como um animal pré-historico gigante, uma carreta veio em minha direção, joguei o carro para direita, e como naquelas cenas de filmes de aventura que ja vi varias e varias vezes, o carro girou, soltando um guino agudo, fazendo o asfalto chorar, e cheiro de borracha queimada invadir minhas narinas, após o chacoalhão do carro, fiquei parado, imóvel, sem acreditar no que estava acontecendo, abracei mais uma vez o volante, apertei o celular contra o peito, e chorei, chorei compiosamente, não pelo ocorrido naquele instante, mas, por assim dizer, de tudo, o dia inteiro, era muito infortunio para uma pessoa só, seja o que estivesse acontecendo naquele dia, eu não tinha mais força pra enfrentar eu necessitava de uma tregua, e a cada lagrima que descia pelo meu rosto e refletia a Lua, brilhando, eu lembrava do brilho nas mãos dela, aquele brilho que um dia me fez muito feliz, e me fez sorrir, naquele dia só me fez chorar.....



Livro - Os Irmãos Karamazóvi - Fiodor Dostoiévski
Musica - Stay Alone - Godsmack
Rodada - São Paulo 2 x 1 Palmeiras

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Segundos Erros



"Ninguém tem paciência comigo"


A escuridão daquela noite, a metade da Lua refletia em meio as nuvens dançantes devido a velocidade do vento, vento frio e implacavel, cortante, me forçando a ranger os dentes e cerrar os labios. Perdido, eu estava, eu estou perdido!


Olhando para o céu procurando a solução, fui vitima do egoismo, do egocentrismo, promovido por mim, que sepultou, toda e qualquer filosofia que preguei ou orientei na minha vida, se eu um dia cheguei realmente perto disso, e a maior tristesa que consome meu peito é por achar que eu estava realmente muito perto de conseguir, tolice, eu fui tolo, e hipocrita.


Cometi um erro capital, mas a questão é, que não prejudiquei ninguém, mas feri mortalmente um de meus principios fundamentalmente costituido por experiencias vividas do outro lado do balcão, o outro lado do balcão....fui engolido por ele, por eles, por elas, por essas situações que me tomarão em seus braços como uma manta negra a cobrir todo e qualquer movimento meu, sentindo como se fosse uma formiga a brincar na mão de Buda, ou para os mais ceticos, o pobre rato, cercado por gatos feroses, que brincam de forma macabra com a vitima inevitavel.


A questão que me consome, é como eu não percebi, como pude agir de tal forma?!, e por que eu tenho a sensação de que por mais que cavasse um buraco e me enfiasse la dentro, mesmo assim a minha vida iria interessar a alguém.


Não obtenho perdão pelo fato de que cometi um erro contra mim, e eu tenho uma imensa dificuldade em perdoar, qualquer tipo de erro, embora admita as minhas centenas de limitações, porém nada alivia o meu fardo, experiencia? talvez, mas eu ja não sei mais, na altura, e na velocidade dos acontecimentos, tudo se torna cada vez mais confuso. Tento encontrar a pedra basilar nessa torre de Babel, e quem sabe assim descobrir onde tudo se inicia, ou onde todo o castigo toma forma...


Livro - Irmãos Karamazóvi - Fiodor Dostoiévski
Musica - Our Diabolika Rupture - HIM
Rodada - Palmeiras 1 x 1 Figueirense

terça-feira, 8 de julho de 2008

O Fim de Semana Perdido: Nova Era




"Fala meu anjo..."


A cena se repete 1, 2, 3, vezes mas por mais que eu tente encenar uma falsa fulga, não percebo o quanto rediculo e mediocre eu acabo me tornando.


Ali de frente pra mim, me olhando diretamente nos olhos, consigo perceber minha imagem refletida simultaneamente nos dois olhos, e um arrepio me percorre a espinha, em uma escala cefalo-caudal.


O olhar é desviado por um segundo e então retomo noção da realidade e do tempo espaço em que me encontro, embora la fora o sol brilhe lindamente, ali dentro o frio era terrivel, capaz de fazer a ponta de meus dedos da mão, doerem; estiquei a mão em direção ao rosto, a reação foi obvia, um sobresalto ao toque de meus dedos, porém eu não me detive, não exitei, foi puro instinto, puro desejo, pura imprudencia, pura inconsequencia.


Os olhos voltaram ao encontro dos meus, e eu então deslizei a mão por seu rosto, sem nada dizer, e sem nada ouvir, a não ser o pulsar de minha veia carotida, que pulsava a uma velocidade indescritivel.


Nos levantamos e começamos a caminhar, novamente fui questionado pela minha postura, "criticado" sempre, porém simplesmente sorri, um sorriso sem graça, despretencioso, estava perdido demais para bolar uma resposta rapida e direta o suficiente para agradar a mim.


Agarrou então a meu braço, e disse " Falem bem, ou falem mal, falem de mim" - e então eu respondi " Falem bem, ou falem mal, falem de nós!".


Sorriu, recostou a cabeça sobre meu ombro e seguimos caminhando, pensando com certa clareza agora, não consigo expor de forma exata o anacronismo dos fatos, tamanha a sensação de que fui tomado, e a intensidade causada por ela.


Sentamos ali, de frente um para o outro, ela reclamando dele, e eu reclamando dela, um festival de criticas, e filosofia de vida, pobre de nós em nossa mediocridade, afinal quem esta aí para criticar somos nós mesmos, criticar nós mesmos a nos questionar, acredito piamente de que fatos como esses nos fazem repensar o que queremos de verdade, o bom?, ou o certo?


Ao nos preparar para deixarmos o recinto, após um almoço jaz agradavel. Me inclinei para pedir a conta, ao garçon. E novamente fui de encontro aqueles olhos. Na outra ponta da mesa, e endaguei ja totalmente hipnotizado, naquela fração de segundos.


- Poxa você esta tão longe - eu disse

- ....


E então foi se aproximando devagar, como se o mundo inteiro derrepente funcionasse em um estado de camera lenta, vindo na minha direção, eu nada pude fazer a não ser, adiantar o inevitavel, e ir ao encontro.


Não há sensação de maior extase do que sentir aquele perfume, e aquela respiração, tão junto, tão proximo, como se fizesse parte de um orgão vital do meu corpo. Afastei por um segundo com uma das mãos afastei todos os objetos que estavam sobre a mesa, quase que me deitando sobre a mesa, segurei lhe com as duas mãos, olhando diretamente nos olhos, e novamente, o impeto, o calor e a união se tornaram um evento do qual não posso definir em palavras, o sangue fervente ainda esfria aos poucos na minhas veias.


Tudo se findou, em algumas horas, o que para mim não passou de uma fração de segundos, tamanha a velocidade do tempo naquela hora. Nos levantamos, e saimos, nem o vento gelado incomodava mais; eu nada sentia, olhei para trás, e a placa Nova Era a brilhar no alto do estabelecimento, brilhando, incessantemente como o pulsar das minhas veias, vermelho e intenso, como as veias...e como o meu coração.


Livro - Os Irmãoes Karamazovi - Fiodor Dostoiévski
Musica -The Kids Aren't Alright - The Offspring
Rodada - Atletico MG 1 x 1 Palmeiras

sexta-feira, 4 de julho de 2008

2s Lados




"É tudo minha culpa!"
"Não é tudo culpa sua"


Podemos ir do céu ao inferno em apenas 1 minuto?, não há a menor dúvida!, ao mesmo tempo poderia tocar o impossivel, mas por uma questão de descuido em um milésimo de segundo a chance da sua vida lhe desparece das mãos como em um passe de magica.


A questão é o sentimento da lamúria, eu abomino veemente, embora, devo admitir, me confrontar com esse sentimento dentro de mim em diversas circunstancias, porém, o fato de se lamentar nada ameniza o problema, facil de dizer dificil de aplicar, certo? eu não sei.


A reparar a postura de seres que me cercam fico a me perguntar e a me espelhar, as pessoas que cercam são nossos espelhos.. exemplo, voce sorri para ela e ela lhe devolve o sorriso, faça um ar grosseiro e isso será retribuido a altura.


Isso me causa uma preocupação grande em relação as minhas próprias ações, será que sou tão confuso quanto eles? tão deprimido quanto eles? ou tão apaixonado pela vida quanto eles? a roda se completa em detalhes por sentimentos e atitudes totalmente ambiguas, devo admitir com um orgulho e prazer em dizer que o circulo é totalmente ecletico no que diz respeito a sentimentos e ações, tristes e pessimistas, otimistas e felizes, em qualquer circunstancias.


Só fico a me questionar sendo completamente pragmatico, onde eu me encaixo nesses dois grupos de pessoas? eu não sei, e os ultimos acontecimentos, fazem eu me perguntar isso a cada minuto que passa.


Estou em buraco fechado, e sigo removendo a terra porém, não sei se é para cima, para respirar o ar da sabedoria, e da clareza, ou se é para as profundezas da mediocridade e dos seres tolos.


Livro - Irmãos Karamazóvi - Fiodor Dostoiévski
Musica - Oasis - Magic Pie
Rodada - Fluminense 3 x 1 LDU

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Olhos e Ouvidos

Olhos e ouvidos. Existe uma distância impalpável entre o que dizemos e o que fazemos. A isso se dá comumente o nome de coerência. Outros preferem acreditar que quanto menor esta distância, mais ela acaba funcionando como um potente indicador de honestidade. Coerência e honestidade são virtudes que se completam e geralmente estão por trás de boa parte de nossos orgulhos ou decepções na vida. Como não desenvolvemos sentidos mais apurados para diferenciar pessoas honestas dentre as desonestas, pautamos nosso juízo pelo que ouvimos ou lemos. Somos em grande parte olhos e ouvidos, e reagimos emocionalmente ao que a audição e a visão nos informam. Em linhas gerais,olhos e orelhas funcionam como nossos grandes guias sociais. Enquanto a humanidade não desenvolver outras maneiras para nos guiar neste mundo, resta-nos esperar que os humanos diminuam as distâncias entre o que prometem e aquilo que cumprem. Na política, um mecanismo essencialmente social, temos um exemplo de como essas distâncias são por demais elásticas. Mas não será a política apenas um termômetro de um fenômeno anterior? Não nos mostrará a falência moral em que mergulhamos? Melhor dizendo, não será a política um resultado ampliado desse estado de coisas? Olhe ao redor e perceba como, em inúmeras situações, e em quase todas as instituições sociais, a lassidão moral tornou-se regra ao invés de exceção. Muita gente se pergunta porque não existe reação social a tanto escândalo e corrupção. Parte da resposta está em nós mesmos, que temos aumentado a distância entre o que dizemos e o que fazemos, entre como reclamamos ao mesmo tempo em que nos excluímos das causas dos problemas... A história da humanidade pode ser contada a partir desse elástico que ora afasta, ora aproxima, virtudes tão essenciais para a sobrevivência da raça humana. O que vale lembrar é que coerência e honestidade não são atributos dos deuses - nascem da necessidade do homem em viver em paz e harmonia. V.C.A.P. Livro - Os Irmãos Karamazóvi - Fiodor Dostoiéviski Musica - Pegamutukalá - Raimundos Rodada - Brasiliense 2 x 0 Ponte Preta

terça-feira, 1 de julho de 2008

Complicado¹


"Pode, não podendo, e deixando de ser"


Não existe sentimento ou sensação pior do que esta, pois acho que representa com perfeição o chavão "Prefiro me arrepender do que fiz, do que o que não fiz" ou varios do genero. Mas claro o chavão é a constatação do obvio, obvio lulante. Nunca estamos preparados para uma perda, ou pelo menos eu nunca estou, por mais que no fundo ela tenha sido aguardada, como uma coisa morbidamente natural.


As pessoas se resignam por não receberem um elogio, se o recebem tudo não passa de uma ironia, e a perplexidade me toma de assalto, pela frustração e ceticismo, que corroe as pessoas que me cercam.


Então guardamos as devidas opiniões para nós mesmos, deixo de elogiar, de criticar(termo esse que esta me causando inumeros transtornos nos ultimos dias), a questão é; deixo de fazer o que gosto? deixo de demonstrar sentimentos? pra que? por que? a indignação que esta me tomando é tamanha, e a curiosidade pela mente humana aumenta muito, mente humana em meio a uma sociedade egoista.


Somos criados em torno de paradgmas, e rédias ditadas, desde o inicio da existencia, que ninguém se pergunta sobre nada, simplesmente a segue, opinião própria, não importa, nada importa, pessoas que param pra refletir são sonhadores, não "pensadores", persistentes são teimosos.


A sequencia de acontecimentos estão me deixando pra la de confuso, e perplexo, a vida é tão simples, e tão complicada, ou ela é complicada por nós mesmos?...não sei, eu nunca sei de nada, e fico me perguntando quando eu irei entender, ou será que....as coisas não estão aí para serem entendidas...simplesmente seguidas...como um circulo vicioso?


Livro - Irmãos Karamazóvi - Fiodor Dostoiéviski

Musica - Folia de Santo Reis - Café com Blues

Rodada - Cruzeiro 1 x 1 São Paulo

segunda-feira, 30 de junho de 2008

O Fim de Semana Perdido - Húnico





"A coisas na vida que o dinheiro não compra"


Caminhando pela calçada, com as mãos forçadamente dentro do bolso jaqueta, pra tentar aquecer um pouco minhas mãos gélidas, devido a baixa temperatura matinal, olhando para o céu e pois mesmo com o friu o céu depois de muitos dias encontrava-se limpo e azul. Os braços dentro dos bolsos em forma de arco, derrepente um braço se enrolou pelo meu braço do lado direito, olhei para o lado e la estava ela a sorrir daquela forma única.


Ela começou a verbalizar com uma velocidade assustadora, assustador pelo fato de que por mais que ela falasse eu nada pude traduzir, o extase que seu perfume e o seu calor me causão é indefinidamente hipnotizante.


Caminhamos e conversamos sobre assunto do qual eu não me lembro com clareza, embora eu possa como agora descrever a cena em detalhes minuciosos, os olhos a nos observar na rua, olhares de aprovação, de admiração, e silencios de inveja e indiscrição, afinal certos olhares dizem mais que centenas de palavras.


Ali ao caminhar com ela abraçada em meu braço, com a cabeça a repousar sobre meu ombro, demonstrando uma certa vulnerabilidade, ou um certo ar de "quero proteção", me deixa confuso sobre varios aspectos, mas certo de que detalhes pequenos como esses, constroem as mais belas historias, a riqueza sempre esta nos detalhes, por menores que eles sejam, um sorriso, um toque, um olhar, são coisas únicas, como todo ser humano, ser humano, ser "húnico".



Livro - Os Irmãos Karamazóvi - Fiodor Dostoiéviski
Musica - Tears in the haven - Eric Clapton
Rodada - Palmeiras 2 x 0 Naltico

sexta-feira, 27 de junho de 2008

The Critic



"Go me na sai"


A escuridão do quarto só é amenizada pelo clarão desse monitor, a barra azul a piscar na parte inferior da tela, um tanto embaçada pelo efeito das lagrimas, assim como o quarto meu coração foi tomado de uma escuridão gelida e sombria, embora meu corpo esteja completamente aquecido, um escuridão, uma friesa.....chamada solidão, não me refiro aqui a solidão afetiva, mas a respeito de uma coisa bem mais ampla.


Ja tinha comentado em diversos textos a questão da critica, de como interpretar de como utilizar, de como aceitar, mas o dia fatidico veio, e eu la estava para cumprir meu papel, mas, estou em panico, e profundamente entristecido, para não dizer completamente frustrado, frustração sim que gera a solidão, solidão me achar com um pensamento tão único, e uma atitude tão unica, que acabo sendo despresado por quem mais estimo, e tenho apreço, não intencionalmente, pois a ignorância nada tem haver com mediocridade, mas isso de pouco importa, em nada ameniza a minha dor.


As pessoas, isso se aplica a mim, não estão preparadas para serem criticadas, não tem tempo pra absorver a critica, para refletir sobre elas, não tem tempo, não temos tempo, nunca temos tempo, te faço a critica objetivando o crescimento, como ser humano, como pessoa, como membro de uma sociedade ativa, e selvagem, mas, por um erro grosseiro tudo vem a baixo, por que? por que você não entende?. Eu lhe disse um sinto muito, mas isso de pouco importava, palavras ditas, não podem ser recuperadas, e apagadas, não quando atingem a alma, alma essa que quando atingida ao invés de crescer, se encolhe e se fecha como uma ostra.


Não posso criticar, essa é a conclusão final, pois a dor que causei, esta me machucando também, minha opinão deve ser guardada só pra mim? não sei, devo aplaudir o que não me emociona? não sei.... eu não sei nada, e parece que a cada dia sei menos....


É tão dificil sermos nós mesmos, se nossa sinceridade machuca quem mais amamos, machucamos sem querer, machucados que em certas pessoas não cicatrizarão, ou demorarão anos para que isso aconteça. Mas quanto a mim?, eu não sei....não sei o que fazer, não sei o que pensar, e claro agora mais do que nunca, não sei o que dizer......só que dói muito, por mim.......por ela..... e por em momentos como esse achar que mesmo nesse oceano de gente que é esse planeta, eu sou único, mas não como eu queria.....


Livro - Irmãos Karamazóvi - Fiodor Dostoiéviski
Musica - Where Do you go - Fort Minor
Rodada - Bragantino 1 x 1 Corinthians

quarta-feira, 25 de junho de 2008

MSN



Arnaldo Jabor é simplesmente um gênio, tudo o que eu sempre digo ta escrito aí, concordando até com o espaço entre as palavras!!!


MSN


Sempre odiei o que a maioria das pessoas fazem com os seus MSN's.Não estou falando desta vez dos emoticons insuportáveis que transformaram a leitura em um jogo de decodificação, mas as declarações de amor, saudades, empolgação traduzidas através do Nick.


O espaço "nome" foi criado pela Microsoft para que você digite O NOME que lhe foi dado no batismo. Assim seus amigos aparecem de forma ordenada e você não tem que ficar clicando em cima dos mesmos pra descobrir que "Vendo Abadá do Chiclete e Ivete" é na verdade Tiago Carvalho, ou "Ainda te amo Pedro Henrique" é o MSN de Marcela Cordeiro. Mas a melhor parte da brincadeira é que normalmente o Nick diz muito sobre o estado de espírito e perfil da pessoa. Portanto, toda vez que você encontrar um Nick desses por aí, pare para analisar que você já saberá tudo sobre a pessoa...


"A-M-I-G-A-S" o fim de semana foi perfeito!!!' acabou de entrar.


Essa com certeza, assim como as amigas piriguetes (perigosas), terminou o namoro e está encalhadona.Uma semana antes estava com o Nick "O fim de semana promete".


Quer mostrar pro ex e pros peguetes (perigosos) que tem vida própria, mas a única coisa que fez no fim de semana foi encher o rabo de Balalaika, Baikal e Velho Barreiro e beijar umas bocas repetidas.


O pior é que você conhece o casal e está no meio desse 'tiroteio', já que o ex dela é também conhecido seu, entra com o Nick " Hoje tem mais balada! ", tentando impressionar seus amigos e amigas e as novas presas de sua mira, de que sua vida está mais do que movimentada, além de tentar fazer raiva na ex. "Polly em NY" acabou de entrar. Essa com certeza quer que todos saibam que ela está em uma viagem bacana. Tanto que em breve colocará uma foto da 5ª Avenida no Orkut com a legenda "Eu em Nova York". Por que ninguém bota no Orkut foto de uma viagem feita a Praia-Grande - SP ?


"Quando Deus te desenhou ele tava namorando" acabou de entrar. Essa pessoa provavelmente não tem nenhuma criatividade, gosto musical e interesse por cultura. Só ouve o que está na moda e mais tocada nas paradas de sucesso. Normalmente coloca trechos como 'Diga que valeuuu' ou "O Asa Arreia" na época do carnaval."


Por que a vida faz isso comigo?" acabou de entrar. Quando essa pessoa entrar bloqueie imediatamente. Está depressiva porque tomou um pé na bunda e irá te chamar pra ficar falando sobre o ex."Maria Paula ocupada prá c**" acabou de entrar. Se está ocupada prá c**, por que entrou cara-pálida? Sempre que vir uma pessoa dessas entrar, puxe papo só pra resenhar; ela não vai resistir à janelinha azul piscando na telinha e vai mandar o trabalho pro espaço. Com certeza.


"Paulão, quero você acima de tudo" acabou de entrar. Se ama compre um apartamento e vá morar com ele. Uma dica: Mulher adora disputar com as amigas. Quanto mais você mostrar que o tal do Paulão é tudo de bom, maiores são as chances de você ter o olho furado pelas suas amigas piriguetes (perigosas).


"Marizinha no banho" acabou de entrar. Essa não consegue mais desgrudar do MSN. Até quando vai beber água troca seu Nick para "Marizinha bebendo água". Ganhou do pai um laptop pra usar enquanto estiver no banheiro, mas nunca tem coragem de colocar o Nick "Marizinha matriculando o moleque na natação".


< . ººº< . ººº< / @ e $ $ ! - @>ªªª .>ªªª>" acabou de entrar. Essa aí acha que seu nome é o Código da Vinci pronto a ser decodificado. Cuidado ao conversar: ela pode dizer 'q vc eh mtu déixxx, q gosta di vc mtuXXX, ti mandá um bjuXX'.


"Galinha que persegue pato morre afogada" acabou de entrar. Essa ai tomou um zig e está doida pra dar uma coça na piriguete que ta dando em cima do seu ex. Quando está de bem com a vida, costuma usar outros nicks-provérbios de Dalai Lama, Lair de Souza e Cia.


"VENDO ingressos para a Chopada, Camarote Vivo Festival de Verão, ABADÁ DO EVA, Bonfim Light, bate-volta da vaquejada de Serrinha e LP" acabou de entrar. Essa pessoa está desesperada pra ganhar um dinheiro extra e acha que a janelinha de 200 x 115 pixels que sobe no meu computador é espaço publicitário.


"Me pegue pelos cabelos, sinta meu cheiro, me jogue pelo ar, me leve pro seu banheiro..." acabou de entrar. Sempre usa um provérbio, trecho de música ou Nick sedutores. Adora usar trechos de funk ou pagode com duplo sentido. Está há seis meses sem dar um tapa na macaca e está doida prá arrumar alguém pra fazer o servicinho.


"Danny Bananinha" acabou de entrar. Quer de qualquer jeito emplacar um apelido para si própria, mas todos insistem em lhe chamar de Melecão, sua alcunha de escola. Adora se comparar a celebridades gostosas, botar fotos tiradas por si mesma no espelho com os peitos saindo da blusa rosa. Quer ser famosa. Mas não chegará nem a figurante do Linha Direta.


Bom é isso, se quiserem escrever alguma mensagem, declaração ou qualquer coisa do tipo, tem o campo certo em opções 'digitem uma mensagem pessoal para que seus contatos a vejam' ou melhor, fica bem embaixo do campo do nome!!Vamos facilitar!!!!


Arnaldo Jabor


Livro - Irmãos Karamazovi - Fiodor Dostoievski
Musica - Frevo Mulher - Zé Ramalho
Rodada - Alemanha 3 x 1 Turquia

terça-feira, 24 de junho de 2008

Procrastinação

"Passa amanhã!"

O vento gelado a vibrar através da janela, causa um efeito sonoro sombrio no meio da noite, a Lua brilha no centro do céu linda e sozinha. Olho pra ela, e me perdendo cada vez mais, e devaneios, cabeça nas nuvens, e pés no chão, objetivos, cabeça nas nuvens e pés nas nuvens devaneios.

Por que essa acomodação esta me encomodando, me deprimindo a cada dia que passa?. Eu sei que muitos por aí gostariam de ter a vida que tenho a rotina que possuo e as pessoas que conheço, mas, alguma coisa esta a me sufocar.

A Lua esta tão longe e não me permite toca-la, com as janelas fechadas e no escuro do quarto, debaixo do cobertor na mais profundo escuridão, la esta ela dormindo seu sono, aguardando somente o amanhecer povidencial, mas, não consigo, não posso me satisfazer com mais nada!

Sou um simples tijolo em uma parede de uma casa, em um planeta completo de arranha céus, não consigo me conformar com isso. A cama quente, o calor a amenizar o inicio de inverno, me faz refletir sobre a vida, passado, presente e futuro, pessoas, fatos, sensações.

Mente pertubadora essa minha, mas me pergunto também qual não é?, conheço pessoas e todas tão diferentes mas em essencia sempre parecidas, tudo tão igual, e essse continuismo, me corrói como uma erva daninha. Sou hipocrita em me lamuriar sobre isso, pois confesso não fazer nada para mudar, e aí está o paradoxo, preciso mudar, mas gosto de ser asssim, paradoxo ou procrastinação?....es a questão.

Livro - Os Irmãos Karamazóvi - Fiodor Dostoievski
Musica - Plush - Stone Temple Pilots
Rodada - São Paulo 1 x 0 Sport

segunda-feira, 23 de junho de 2008

O Fim de Semana Perdido -" ........"


"Mas você ta fazendo pergunta dificil"


Embora infantil de minha parte fico a recordar um episodio do seriado animado do Doug, que acompanhei com muita frequencia durante a infancia, em que o personagem principal segurava uma beterraba em forma de coração, e a se perguntar, "você ja teve a sensação de ter o coração de alguém em suas mãos?"


A industria farmaceutica assim como diversas areas, do desenvolvimento humano avanção em descobertos, mas, o quão longe ainda esta, a sensações decorrentes de uma paixão de correspondida ou não, de uma depressão, de qualquer proporção e suas consequências, ou seja, a mente humana é um "circuito" muito curioso, tanto para o bem quanto para o bem.


- Você não gosta?! pode dizer
- Eu nunca disse isso e nunca direi!
- Então o que você me diz é que não pode ter o que gosta?
- .......


O único ser capaz de nos moldar somos nós mesmos, a mudança, ou postura icentivada por uma terceira pessoa é muito grande, você tenta conhecer ao outro(a), e acaba por perder a identidade em alguns casos. A atitude insana não encherga toda a postura enfadonha, o terceiro, por sua vez tende a não perceber, ou como no meu caso se comporta de forma totalmente egocentrica.


Mas somos todos seres carentes, por minima que seja, e não me refiro somente a questão afetiva, mas as diversas lacunas, postas em uma vida cheia de objetivos e obstáculos.


Complicado, você tem o coração de alguém nas mãos, mas não sabe como agir, você não o pediu, ele foi oferecido, como seichos, entre os casais de pinguins, e o mais dificil, é devolver, ou simplesmente recusar...."A recusa", e o que vem depois dela, será que a imensa insegurança, e o sentimento de sempre ser o culpado de tudo....achar que eu não tenho o direito de recusar ninguém? mas posso conviver com você sem amar como realmente deve ser? ou essa questão são só detalhes...sem importancia alguma.


Fico me punindo, amo quem não posso ter, e sou amado por quem não quero ter....eis o circulo, mas, suas lagrimas, me doeem como uma gilete a fiar meu coração, pois a dor que sente ja a senti muitas vezes, e eu sei no fundo que nenhum ser humano na face da terra tem o direito de fazer o outro sofrer, mas, que sinuca de bico é essa em que estou....fico me sentindo culpado, as lagrimas dela são como estigmas a me impregnar a conciencia, a cada dia que passa, olhando para as mãos abertas em forma de concha, e não vejo nenhum coração nelas, mas ela....olha pra minhas mãos....e ao olhar para os seus olhos o que eu vejo....são lagrimas...sempre lagrimas....


Livro - Os Irmãos Karamazov - Fiodor Dostoievski
Musica - Gome na Sai - T.a.t.u
Rodada - Vasco 0 x 2 Palmeiras

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Empolgação?




"A via de acesso la vamos nós!!"


As vezes eu compreendo o que Sócrates sentiu quando caminhava pelas feiras na Grécia Antiga e era abordado por ambulantes, a oferecer centenas de objetos, e ele sorria com o ar simplório de um sábio, e a responder.


"- Só estou observando, observando quanta coisa existe da qual não preciso para ser feliz!"


Vivemos em um sociedade verborragica, que cobra de nós uma comunicação abrupta e que acaba por nos tornar mais rapido com as palavras do que com o raciocionio, se somos calados, ou pouco conversamos, somos macambuzios, sombrios, tristonhos, o silencio nunca é respeitado. "Temos que ter uma opinião formada sobre tudo".


Comprar, usar, jogar fora, falar, mentir, zombar....O consumismo é um assunto que dispensa os comentarios, esta aí de uma forma tão notoria quanto a Lua cheia na manhã de hoje, admito que a comparação e descabida, comparar uma beleza descomunal com um problema. Enfim a associação e o ponto de vista esta claro, os dois estão aí, e só vê quem quer.


Mas o que precisamos pra ser felizes?...procurar sempre a felicidade. Confuso pra mim, a felicidade e a gratidão, não sei qual deles estou sentindo agora, epsodios ocorridos no dia de hoje, e sobretudo no de ontem, me fazem viver um deja vú enrustido. Tudo é prolixo, alias esse é o melhor adjetivo para mim.


Mas a sensação dessas manhãs foram realmente dificil de definir, mas sinto que aos poucos tudo vai se equalizando, o conhecimento, é sim uma fonte grandiosa de poder e paz de espirito, precisa se dispor de tempo e dinheiro para possui-la? acredito que sim, mas o preço que se paga por ela, é muito inferior ao grão de arroz que me alimenta todos os dias, e a sensação de prazer que sinto agora é realmente impossivel de se transformar em valores monetarios....fecho os olhos, o fim de semana promete...meu cérebro anseia por esse momento....afinal novos pontos de vista virão...a impolgação é imensa, permanecendo com os olhos fechados....vou sair cantarolando a musica que estou ouvindo agora....."It"s good....It"s good...It"s good to be freee..."



Musica - It"s good to be free - Oasis
Rodada - Portugal 2 x 3 Alemanha

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Malësi




"Mais uma vez obrigado por me ouvir"



Quem sou eu?, por que eu fico a me perguntar, o que você viu em mim? quem pensa que eu sou pra poder resolver os seus problemas?


Todos procuram uma forma de conseguir a tão preciosa atenção, procuro distribui-la a vontade e a medida do possivel, todos os seres humanos possuem problemas, todos imensos, e o problema dos outros sempre menores, com razões enfadonhas, e abstratas.


Por que o tempo vai passando e eu sigo absorvendo problema dos outros?. Digo a mim mesmo que se deve ao fato de como eu disse todos querem um pouco de atenção, mas de minha parte, acho que morbidamente me aproveito da situação. Você me expõem seu problema eu ouço, e lhe forneço uma opinião, nunca impondo, ou não impondo de forma proposital, a questão é:


Gosto de ouvir para ajudar, ou para como disse aproveitar a situação e me prevenir para não passar o mesmo problema que todos passam, e fugir do inevitavel combate?. Um embate a cada dia mais frequente e varrer cada ser humano nessa imensidão de "gente".


Me sinto grato, por servir de ouvido sempre utilizado, para solicitar opiniões, pois também solicito opiniões, embora dificilmente, as sigo, na maioria dos casos. Mas, a questão é por que? e por que, uma qualidade que deveria me encher de orgulho, me deixa como agora com uma sensação de mal estar?, e o mais irônico, uma sensação benefica, se analisada, com o devido ceticismo.


Eu sei todos nós estamos a cada dia mais ocupados, somos crianças, e queremos crescer, crescemos e queremos ser crianças, a vida, se mostra uma batalha, em um mundo cada vez menor, todos estão com pressa, não tem tempo pra te ouvir, e ele não tem tempo pra falar, tem que trabalhar, pra ganhar dinheiro, pra satisfazer...o ego? um objetivo? Bravo, todos temos um objetivo, por correr atras desse objetivo, não tem tempo pra ouvir, ou simplesmente paga para não ter que ouvir?


Ah santa ignorancia, a minha santa ignorancia, não permite entender os seres que me cercam, ou será que é um pecado querer entende-los?. Por que sofrem? por que sofro por eles? por que teimo em compartilhar a dor?..duvidas, a vida é um mar de dúvidas, e conforme o tempo vai passando as dúvidas se multiplicam a uma velocidade impressionante!. Mas será que de fato eu estou cego pra ver que as pessoas que me cercam, com seus problemas infinitos, que precisam sempre de uma solução imediata, nada mais são do que espelhos, que me cercam, um circulo de espelhos que tem o seu epicentro habitado por mim, dando voltas...e voltas....



Musica - Firefly - Dakota Star
Rodada - Brasil 0 x 0 Argentina

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Humildade ou Coragem?

"Eu tenho a força!"

Crescemos com a obrigação de ser corajosos. Desde crianças aprendemos que é preciso enfrentar o medo e desafiar os obstáculos. Para os meninos a cobrança é seletiva: quem não é corajoso é maricas, mulherzinha, não merece viver entre os fortes - os machos, que é como aprendemos desde cedo a identificar os valentões...
Aprendemos ainda que para ter coragem é preciso ser agressivo sempre, e aí a coisa pega: acabamos confundindo agressividade com agressão. Ao invés de agressivos, nos tornamos agressores...
É difícil para o homem aprender que coragem é uma virtude feminina. Crescemos acreditando que nossa índole é a de procurar sempre a conquista. Nossos presentes natalinos desde cedo trazem forte componente de violência - somos alçados à condição de mocinhos, cowboys, policiais, paradigmas do que nos devemos nos transformar na vida quando adultos, e aprendemos que trazer justiça ao mundo só na base da porrada. Ser corajoso torna-se “ser forte fisicamente”, senão com os braços, pois a natureza às vezes nos faz mirrados, pelo menos com armas e artefatos bélicos.
Somente depois de muitas surras da vida é que conhecemos o lado mágico da coragem. Aprendemos – aqueles que se posicionam dispostos a aprender, é claro – que ter coragem é cobrar-se o tempo todo. Realizamos que é preciso coragem para mudar, para acertar os erros, para se descobrir ignorante. Àquela virtude que chamamos de fraqueza boa parte de nossa vida, descobrimos com a experiência que é nosso maior desafio – ser dócil e pacífico é qualidade de gente forte, gente corajosa.
Até para aprender precisamos de coragem. Coragem para revelar ao mundo os erros cometidos, as opções erradas e as escolhas precipitadas que fizemos.
Para os que preferem Rambo ou Indiana Jones como modelos de coragem e astúcia a serem perseguidos, a vida sempre dá uma segunda chance. Mas é preciso humildade para entender o recado...

'V.C.A.P"

Musica - Nucleo Base - Ira!
Rodada - Paraguai 2 x 0 Brasil

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Freud explica?

"S.O.S."

Eu não quero ser o bom moço, além do mais eu nunca estive perto disso; muito pelo contrário, mas se eu me vejo com inumeros defeitos e limitações além do esperado, a questão é: por que tenho a impressão que não faço nada para mudar?

Estarei sendo arrogante? Simplista? Sectário? Duvido sempre de mim mesmo, e busco sempre ser meu maior crítico, embora acho que estrapolo na avaliação, mas ao mesmo tempo a questão de achar que estou sendo severo demais, é ao mesmo tempo redundante. Esse continuismo de sensações e atitudes, esta por me consumir, e me destruir aos poucos, pois as pessoas, e atitudes se tornão a cada dia mais monotona.

As coisas vão se afunilando cada vez mais, tenho plena conciencia de que tudo foi uma busca minha, mas, a obsessão, a informação o conhecimento tudo em busca da verdade, mas que verdade eu procuro, ah...só Freud responde, afinal de contas, uma verdade palpavel, absoluto e palatavel de forma agradavel, não existe, talvez ela permaneça escondida e como reza a lenda urbana que ouço com muita frequencia, quando exposto a questão que jáz apartada o maximo de tempo possivel, mas que esta la no meu âmago, como um fantasma a me assustar e a me acompanhar onde quer que eu vá, é que, essa verdade deve ser oculta, não deve ser conhecida, pois se as peças do quebra cabeça se encaixão como penso...a verdade exposta, resultará em algo tão banal e findavel.....como o fim inevitavel...da vida e da existencia....ó céus venhao abaixo antes que eu enlouqueça....enlouqueça...uma vez mais.....


Musica - Around the world - Oasis
Rodada - Palmeiras 5 x 2 Cruzeiro

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Absolvendo o Amor...


"Feliz namorados aos dias"


Absolvendo o Amor
Por Martha Medeiros


Duas historinhas que envolvem o amor.A primeira: uma mulher namora um príncipe encantado por três meses e então descobre que ele não é príncipe coisa nenhuma, e sim um bobalhão que não soube equalizar as diferenças e sumiu no mundo sem se despedir. Mais um, segundo ela. São todos assim, os homens. Ela resmunga: "não dá mesmo para acreditar no amor".Peraí. Por que o amor tem que levar a culpa desses desencontros? Que a princesa não acredite mais no Pedro, no Paulo ou no Pafúncio, vá lá, mas responsabilizar o amor pelo fim de uma relação e a partir daí não querer mais se envolver com ninguém é preguiça de continuar tentando. Não foi o amor que caiu fora. Aliás, ele talvez nem tenha entrado nessa história. Quando entra, é para contribuir, para apimentar, para fazer feliz. Se o relacionamento não dá certo, ou dá certo por um determinado tempo e depois acaba, o amor merece um aperto de mãos, um muito obrigada e até a próxima. Fique com o cartão dele, você vai chamá-lo de novo, vai precisar de seus serviços, esteja certa. Dispense namorados, mas não dispense o amor, porque este estará sempre a postos. Viver sem amor por uns tempos é normal. Viver sem amor pra sempre é azar ou incompetência. Só não pode ser uma escolha, nunca. Escolher não amar é suicídio simbólico, é não ter razão pra existir. Não adianta querer compensar com amor pelos amigos, filhos e cachorros, não é com eles que você fica de mãos dadas no cinema.Segunda história. Uma mulher ama profundamente um homem e é por ele amada da mesma forma, os dois dormem embolados e se gostam de uma maneira quase indecente, de tão certo que dá a relação. Tudo funciona como um relógio que ora atrasa, ora adianta, mas não pára, um tic-tac excitante que ela não divulga para as amigas, não espalha, adivinhe por quê: culpa. Morre de culpa desse amor que funciona, desse amor que é desacreditado em matérias de jornal e em pesquisas, desse amor que deram como morto e enterrado, mas que na casa dela vive cheio de gás e que ameaça ser eterno. Culpa, a pobre mulher sente, e mais: sente medo. Nem sabe de quê, mas sente. Medo de não merecê-lo, medo de perdê-lo, medo do dia seguinte, medo das estatísticas, medo dos exemplos das outras mulheres, daquela mulher lá do início do texto, por exemplo, que se iludiu com mais um bobalhão que desapareceu sem deixar rastro - ou bobalhona foi ela, nunca se sabe. Mas o fato é que terminou o amor da mulher lá do início do texto, enquanto que essa mulher de fim de texto, essa criatura feliz e apaixonada, é ao mesmo tempo infeliz e temerosa porque teve a sorte de ser premiada com aquilo que tanta gente busca e pouco encontra: o tal amor como se sonha.Uma mulher infeliz por ter amor de menos, outra infeliz por ter amor demais, e o amor injustamente crucificado por ambas. Coitado do amor, é sempre acusado de provocar dor, quando deveria ser reverenciado simplesmente por ter acontecido em nossa vida, mesmo que sua passagem tenha sido breve. E se não foi, se permaneceu em nossa vida, aí é o luxo supremo. Qualquer amor - até aqueles que a gente inventa - merece nossa total indulgência, porque quem costuma estragar tudo, caríssimos, não é ele, somos nós.
Livro - A Historia da Filosofia - Will Durant
Musica - Iolanda - Chico Buarque
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terça-feira, 10 de junho de 2008

Mascara



"E jaz apartada da sociedade"


Ser intolerante ou autoritario, ou os dois ao mesmo tempo, porém a malevolencia, e forma de descrepancia, na hora de analisar me deixa perdido em devaneios, porém a única questão realmente acentuada, é o fato de qual eu demonstro com mais notoriedade?


Não suporto, ser questionado, e obrigado a responder questões sobre as quais não tenho suficiente clareza, ou opinião formada, seja em qualquer ambito. Porém sou apaixonado por discussões inteligentes, e de sempre aprender sobre diferente angulos e pontos de vista. Porém o fato de tornar a minha versão uma verdade absoluta é uma traição de principios, e dessa forma não suporto que o mesmo seja feito comigo, por todo e qualquer ser humano presente ou não ao meu circulo de convivência.


Mas epifania causada por seres medíocres que insistem em uma versão, de fatos historias, e estorias, me fazem refletir muito, pois para eles o chavão soberano é o fato de que uma mentira contada insessantemente, pode acabar se tornando a verdade, de exemplos a politica esta cheia, o Brasil então nem se fala.


Porém o fato é, não se informam não procuram fontes confiaveis, e acham que qualquer coisa mal escrita, ou mal interpretada serve de parametro e de analise. Risos me vem ao rosto, pois isso causa quase que um efeito dominó, pois ao procurar uma razão pra isso, o motivo vem, mas por tras dele, uma outra, e por tras outra, e por tras outra, circunstancias que se tornam um circulo vicioso e pernostico.


Idearios são sepultados, por seres que com um intelecto superior, e uma conciencia, dos fatos, e da imensidão do caos, acabam por se perder...perder em um oceano de informações, que são absorvidas como se por um faminto diante do manjar dos deuses, mas não as digere e não absorve de forma correta, e acaba por distorcer os fatos e acontecimentos a sua volta.


Vestem mascaras, para poder conviver entre os seres comuns, e seguindo uma vida pela qual a maioria, só procura a fuga da dor, trabalha, namora, casa, separa, mora sozinho, mora junto, ler livro, ve tv, vai ao cinema, não importa, são atrativos...nada mais do que isso, alguns mais poderosos do que outros, sem esquecer claro do bom e velho, costume religioso, mas isso é uma outra historia...


Mascara...é isso, qual mascara vou colocar amanhã...intolerancia ou arrogancia?.....mas eu quero todos a minha volta, comodos com a minha presença....ja sei....ja sei!

Usarei a mascara da mediocridade!
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Livro - A Historia da Filosofia - Will Durant
Musica - You are Afflicted - Melissa Williams
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segunda-feira, 9 de junho de 2008

O Fim de Semana Perdido: Dúvidas??



"Ela disse, pra eu dizer pra você, que mando eu dize pra você que ela falou......."


Compartilhar será que um dia isso fez sentido pra você, ou você não sabe o significado da palavra, o erro foi meu, mais uma vez, me esforço, pra ser o melhor pra mim e para você, mas por que nem eu e nem você nos sentimos satisfeitos de verdade, sempre sentindo que alguma coisa esta faltando, alguma coisa esta errada, mesmo estando tudo certo!.


Você não me pediu nada, e eu lhe ofereci tudo, eu não lhe pedi nada, e você nada me ofereceu, então por que a frustração?. Por que o sentimento de estranhesa? será que tudo esta implicito e somente eu em uma cegueira insana não consegue perceber?. E aí quando eu menos esperar tudo ficará claro, e eu mergulharei no desespero?


Desespero, do que, em vez de curtir um bom momento, lamento pelo final inevitavel?, ó céus!!


Por que? Por que?, esse pessimismo me incomoda, tento nega-lo como a um defeito fisico vergonhoso, sou criticado por isso, mas você não percebe, tudo, tudo é só por você, se as coisas ocorrecem como no mundo da fantasia, a imaginação viajaria em um céu de arco-iris..."O arco-iris esta em nós e só ve quem tem olhos na alma"


Mas, eu teimo em reclamar, a ausencia, ou pior a presença distante, de quem esta ao mesmo tempo do meu lado, e tão perto quanto os ursos que habitam a Antartida, será, que é valido sepultar reações, e desilusões?


Não sei....eu nunca sei....e quando eu passo a saber de tudo...preferia não saber....



Livro - A Historia da Filosofia - Will Durant
Musica - Larger Than Life - Backstreet Boys
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quinta-feira, 5 de junho de 2008

Somos todos Corruptos?



"Vota em mim?"



Todo político é corrupto. Toda vez que ouço esta frase eu a imagino escrita de outra maneira: todo homem ou mulher em situação de poder é potencialmente corruptível...


Pesquisa realizada em 2006 reforçava essa impressão. O trabalho apontava não só que o brasileiro é conivente com a corrupção política, como também que a falta de ética não é um problema apenas da classe dirigente. O número é alarmante, e ao mesmo tempo esclarecedor: 75% dos brasileiros acreditam que cometeriam um dos atos de corrupção listados na pesquisa se estivessem no lugar dos políticos denunciados.


A pesquisa mostrava que a indignação estampada na imprensa em relação ao escândalo do mensalão não encontrava eco na reação da maioria do eleitorado. É como se a maioria de nós pensasse: "ora, bolas, trouxa é aquele que não se locupleta". Ou como diz o ditado, "feio é roubar e não poder carregar"...


E hoje, como estamos diante de escândalos que aparecem em vertiginosa celeridade? Mudamos, ou continuamos os mesmos acomodados de sempre?


Então imagine-se no poder e responda a estas perguntas: você escolheria familiares ou pessoas conhecidas para cargos de confiança? Mudaria de partido em troca de dinheiro ou emprego para familiares e pessoas conhecidas? Usaria "caixa 2" em campanhas eleitorais? Você superfaturaria obras públicas e desviaria o dinheiro para a campanha eleitoral do político ou até mesmo para seu patrimônio pessoal?


Você, como eu, responderia negativamente a todas estas questões, mas e o resto da população? Pois é... Você não põe a mão no fogo, não é mesmo?


Que o eleitor brasileiro se revele, na média, tão sujo quanto os que jogam o jogo, nada que assuste ou surpreenda. Afinal, políticos nada mais são do que eleitores que resolveram passar para o lado de lá do balcão. Mas o que fazer, e como fazer, para tornar essa regra uma rara exceção?
V.C.A.P.

Livro - A Historia da Filosofia - Will Durant
Musica - Birthday - The Beatles
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quarta-feira, 4 de junho de 2008

Humanos ou Ouriços?




"E volta o cão arrependido..."


Somos inflizes casados, e infelizes não casados. Somos infelizes quando sozinhos, e infelizes em sociedade: somos como ouriços-cacheiros que se agrupam à procura do calor, sem conforto quando o grupo está muito apertado e, no entanto, infelizes quando separados. É tudo muito engraçado; e "a vida de todo indivíduo, se a considerarmos como um todo", e só destacarmos suas características mais importantes, na realidade é uma tragédia; examinada em detalhe, porém, tem as características de uma comédia.


Em suma, a natureza da vida se nos apresenta, por toda parte, como proposital e calculada para despertar a convicção de que nada, absolutamente nada, vale a nossa luta, nossos esforços, e disputas; que todas as coisas boas são uma vaidade, o mundo em todos os seus fins está falido, e a vida é um negócio que não dá para cobrir as despesas.


Para ser feliz, tem-se de ser tão ignorante quanto os jovens. A juventude pensa que ter vontade e lutar são prazeres; ela ainda não descobriu a enfadonha insaciabilidade do desejo e a infrutuosidade da realização; ela ainda não percebe a inevitabilidade da derrota.


A alegria e a vivacidade da juventude são devidas, em parte ao fato de que, quando estamos subindo a montanha da vida, a morte não está visível; ela se encontra lá embaixo....no outro lado.


Livro - A Historia da Filosofia - Will Durant
Musica - Será - Legião Urbana
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segunda-feira, 2 de junho de 2008

Convivência e Conivência



"Sinonimo de amar é????"

Qual o maior fator de mudança em um ser humano?. Acredito que um dos mais fortes é a relação afetiva, pois, que atire a primeira pedra quem nunca quiz mudar aquela mania chata só para poder conquistar alguém ou até mesmo em uma esfera mais longa, a questão da convivencia.


Vou pela questão da convivência, parece que por mais tempo que você se relacione com alguém, com o passar do tempo, a paixão, contida no inicio de qualquer relação, se enfraquece naturalmente, simples como 2+2 são 4, acho que isso faz parte de nós, lutamos para conquistar alguém, ufanamos ao conquistar, aquele prazer, existe, no inicio, mas vai afrouxando com o decorrer do tempo, pois aquela conquista, foi obtida, segue-se a frente um novo desejo.


Porém, será que a pessoa que esta do outro lado da linha de raciocinio compreende, ou até mesmo pensa como eu? ah...isso é humanamente impossivel todos nós temos um erro em nossa analise, ou pensamos diferente nem que seja um aspecto minimo.


Não estou satisfeito com o que sou, sou mais do que era ontem, um circulo vicioso, você se mantém estagnada, ou será que você é mais do que era ontem, e o estagnado sou eu?


As vezes passamos anos ao lado de alguém tolerando suas manias, as brigas, tudo em prol de algo, em prol da convivencia, mas fico me perguntando, até onde devemos ser coniventes, para mantermos uma convivencia teoricamente harmoniosa, será que ingolir frustrações, objetivos enterrados, costumes modificados, servem de moeda para se comprar uma convivencia harmoniosa, ou uma convivencia que esconde uma vida repleta de factóides, e malicias de uma vida obscura e totalmente infeliz!


Não sei ao certo, mas, existe uma grande sombra em volta de tudo, e que trabalha vertinosamente, para que relações, relacionamentos aos milhares, se escondão em uma redoma retrograda, onde segue o seguinte chavão...."olha la, la vai a solteirona, coitada, não conseguiu ninguém...."


O tal fantasma da insegurança, ele que guarda como um cão fiel o lar de muitos por aí, que preferem tolerar, os mais absurdos epsodios, para se manter em um patamar a poder dizer, eu não estou só, eu tenho alguém na minha casa, na minha cama, mesmo que eu não olhe na cara dele quando chega do trabalho, mesmo que ele não faça a questão nenhuma de estar ali, afinal de contas, ele também não quer ficar só, ele também quer ter alguém, para poder apresentar aos amigos, para poder apresentar ao chefe, poder servir de diversão na cama, e poder gerar um decendente, se ela esta feliz ou não isso não importa.....afinal de contas.....vale tudo, ela, ou ele devem ser coniventes, pois o que importa é a convivencia, factóides ou não!, quem se importa?, o que importa é so o que os outros vão dizer.


Lá se vai um belo casal, e fico a me perguntar o que predomina, convivencia, ou conivencia?



Livro - A Historia da Filosofia - Will Durant
Musica - Eu quero sempre mais - Ira!
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quinta-feira, 29 de maio de 2008

Ordinari[ ]




"E ela ordinariamente apresenta!!!"


O que me motiva mais?, e principalmente o que motiva a agir dessa forma, o impeto é imenso, mas deve ser contido como um leão dentro de uma jaula, sinto que de uns dias para cá, sentimentos obsoletos, e objetivos formardos de forma a serem em sua essencia totalmente intangiveis, fico a me perguntar cada vez com mais frequencia o que me motiva?


A vida em sua essencia promulga-nos a ser, a fazer, o acordar, trabalhar, dormir, fazer sexo, comer, cercado em alguns momentos pelo tal consumismo, coisas futeis do genero etc, mas, eu não sei ao certo, o que motiva realmente.


A busca pela mudança, pelo diferente, pelo novo, são proprias dos seres jovens, e fico a me perguntar por que em determinados circulos, eu me sinto uma peça de museu, peça de museu essa com o seu devido valor, a juventude da qual faço parte, me faz desfazer a cada dia que passa a maxima do fato, somos jovens, o negocio é curtir, curtir, curtir, da forma mais frenetica possivel.


Parto do principio ja comentado a um tempo atrás, mesmo essa busca frenetica, verbalizada por alguns, acontece em cada um de nós, em alguns com mais frequencia do que em outros, analise fria e coesa dos sentimentos e ações em que somente pode ser feita por alguém com um minimo de conhecimento. Não eu não quero bancar o preconceituoso, e o pessimista, só queria que fossem capazes de entender e poder compartilhar as analises, de forma clara e sensata


Mas, sigo procurando...... não estou mais sozinho na busca, felizmente, porém eu insisto quanto maior o número de pessoas no circulo mais eu poderei crescer e aprender realmente seja de que forma for. A frase que as vezes meus ouvidos são pegos de surpresa por ela "O que importa é que eu acho isso, o resto, não importa", não querem discutir, não querem debater, seres assim é como eu prego, estão buscando uma diferenciação ridicula, e tola, pois insistem em rotular pessoas de ordinarias e medíocres, mas em sua cegueira momentanea e intectual, não percebe que o conhecimento mal utilizado, a torna tão medíocre e ordinaria quanto um analfabeto.


Livro - A Historia da Filosofia - Will Durant
Musica - Astronauta - Lulu Santos and Gabriel o Pensador
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quarta-feira, 28 de maio de 2008

Dor



"Simplesmente perfeito!!!"


Em seu clássico livro “O mal-estar da civilização”, Freud conclui que existem basicamente três saídas para a dor: a desistência do desejo, a substituição do prazer ou a fuga pura e simples da frustração. A filosofia e as religiões nos ensinam maneiras de renunciar ao desejo; a ciência e a tecnologia, como as artes, nos fornecem substitutos poderosos para o prazer.


A fuga da realidade, esta pode se dar de várias formas: uso de drogas, fanatismo religioso, maneiras que cada um encontra para embotar sua capacidade de sentir o sofrimento. Até onde entendi, Freud garante que todos nós, mais cedo ou mais tarde na vida, lançamos mão de algumas dessas soluções para escapar da dor.


Desistir do desejo é uma maneira de evitar o sofrimento. Pelo menos é o que muitos de nós acabamos concluindo, cada qual a seu modo e a seu tempo. Imaginamos sempre o caminho inevitável que qualquer relação amorosa nos impõe: ao buscar a superação do sofrimento através de um parceiro, o amor, cedo ou tarde, nos trará a dor da separação.


Nos novos tempos, não acreditamos mais no tradicional lema dos contos de fadas que garantia “casaram-se e foram felizes para sempre”... Logo, para que amar, se mais cedo ou mais tarde isto resultará em sofrimento e desespero?


Podemos ser felizes trocando de celular a cada mês? Usando drogas pesadas? Ganhando na mega-sena? Existe antivírus para a dor da perda, da frustração profissional, da desilusão amorosa?


Esta roda-viva que a vida nos prega traz o desejo no centro de tudo. Buscamos a felicidade, esse bem que desconhecemos quanto mais o perseguimos. E apesar dos riscos, e da certeza de que tudo que é bom, mais cedo ou mais tarde, um dia findará, continuamos a perseguir desejos, estados de euforia, alegrias passageiras...


Nascemos para a felicidade. Passamos a vida desejando torná-la um bem duradouro. Enquanto isso, o relógio corre... Como pergunta Freud: “de que nos vale uma vida longa se ela se revela difícil e estéril em alegrias, e tão cheia de desgraças que só a morte é por nós recebida como uma libertação?”.


V.C.A.P.
Livro - A Historia da Filosofia - Will Durant
Musica - Around the World - Oasis
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