terça-feira, 29 de julho de 2008

Doente


"Quanto mais conheço as pessoas, mais eu admiro os cachorros"

As vezes como agora eu sinto na pele a frase aí de cima, que ouvi uma vez como desabafo de um professor nos tempos de faculdade. Tanta petulancia e arrogancia, que a constatação obvia me deixa estupefato, a olhar para o céu procurando uma solução.

Seres humanos são bichos estranhos, trocam elogios, frontais, e atiram flechas e facas pelas costas, sou testemunha do fato em ambos os lados, a minha postura neutra, ja esta me transformando em um bicho doente.

Instigado, subjulgado, a declarações das quais não expresso opinões, e o antagonismo criado pelos outros em reação a minha postura torna-se cada vez mais frequente, mas tantos seres com diversas mascaras, me pertubam, doente.

Não sei sinto que se começo a pensar na raiz dos fatos, chego a uma besta fera imensa maior do que toda a existencia humana, mas onde isso vai parar? eu não sei, e tenho medo de descobrir. As pessoas são implacaveis, somos implacaveis, e egoistas sem excessões.

Me sinto profundamente decepcionado, com postura adotada por algun individuos mediocres a me cercar, a arrogancia, a soberba, não permite enchergar a quão pobre somos todos nós, mas a unica coisa que posso fazer é digerir essas palavras ao monitor...infelizmente, o sofrimento, há de cessar um dia, com o tempo, pois se as pessoas que me cercam possuem atitudes tolas, a conclusão é simples, somente convivendo com os tolos aprendemos a ser tolerantes.


Livro - Os Irmãos Karamazovi - Fiodor Dostoievski
Musica - Lyla - Oasis
Rodada - São Paulo 3 x 1 Portuguesa

segunda-feira, 28 de julho de 2008

O Fim de Semana Perdido: Tic Tac

"Se nós dissessemos tudo o que pensamos tudo viraria uma grande balburdia"

Tic tac do relogio, igualmente a um zig zag infinito e insuportavel, o fato do tempo seco ao estremo me causa um temendo mal estar, mal estar associado, a sensação que tenho sempre nessas circunstancias, deitado novamente a observar o espelho no teto do quarto, outro fim de semana igual a muitos outros, o que por se dizer ja incomoda, incomoda muito, sempre tudo igual, procrastinação em reação a mudança? ou o maldito continuismo, e o culpado sempre eu!

Tic tac do relogio, e a mesma pergunta de sempre, por que ela se importa tanto, e por que isso me incomoda indifinidamente? estamos ali, por conveniencia de ambos, nada mais do que isso, não cobro nada de você porque sei que nem que se esforça-se por mil anos, você iria me satisfazer como ser humano, e eu não me esforço para fazer algo por você, tudo é mera circunstancia, meramente burocratico, merea conveniencia, necessidades basicas por assim dizer, isso ja responde qualquer pergunta posterior, mas curiosidade, ou sei la o que, estravasa qualquer senso comum, ou seja la o que for.

Tic tac do relogio, como uma matraca, uma dobradiça velha a ranger, a voz insiste em meus ouvidos, céus, você e eu sabemos que estamos errados, então pra que se importar? por que procurar motivações, o fato esta feito, esta consumado, a estrutura de todo o plano ja foi executado, as vitimas pouco importam, cientes ou não.

Tic tac do relogio, uma melodia constante, que hipnotiza, mas sera que o imaginario escancarado é realmente uma coincidencia? as vezes fico a me questionar sobre isso, todos erramos, o fato de ser humanos serios e comprometidos com qualquer tipo de finalidade, não importa mais, não temos tempo, o tic tac é cada vez mais rapido, e cada vez mais insuportavel na minha vida, mas por que? por que? por que ela não percebe?

Livro - Os Irmãos Karamazovi - Fiodor Dostoievski
Musica - Cry me a River - Justin Timberlake
Rodada - Gremio 1 x 1 Palmeiras

terça-feira, 22 de julho de 2008

O Fim de Semana Perdido - 1 Domingo Qualquer





A excitação ainda persiste, ja passada mais de 48 horas, afinal de contas fico me perguntando que domingo foi esse?...foi um domingo perfeito, a soma de conflitos que enfreitei internamente, e a conclusão obvia, juntamente a satisfação provisória porém satisfatória superando todas as expectativas possiveis......

Folheando desinteressado o jornal, as mesmas noticias, corrupção que gera mais corrupção, as vezes acho que a midia da graças aos céus por vivermos em um país tão elameado, pois só assim podem encher suas paginas, com assuntos da espécie, grande paradoxo afinal necessita informar certo? mas deve filtrar as informações....santa confusão, e continuismo que é sempre um "porre".

Bom um uma nota minuscula, 4 linhas, e meus olhos brilharam intensamente, não sei por quantas vezes li, aquilo, como duvidando dos meus olhos, liguei o computador atrás de informações na rede mundial de computadores, juntamente ao telefone, disquei uma gravação atendeu do outro lado, porém não confirmava a gravação com as informações lidas por mim, fui no site informado...nada!, a frustração foi dominando, pesquisei mais um pouco, e uma fonte que não achei das mais confiaveis, estava confirmando a informação lida por mim, foi o suficiente pra mim no momento precisava do que fosse o menor indicio, da confirmação da informação. Desliguei o PC entrei no carro, e saí na noite, peguei o necessario e retornei. Noite abafada seca ar ruim, e uma excitação tremenda.

Horas depois, com os olhos fechados, comecei a verificar mais um paradoxo na minha vida que me incomoda profundamente a muito tempo, abri os olhos, do meu lado direito, o comandante da maior capital, da federação, e do lado a frente comandante das forças protetoras do país, ali no meio de tantas autoridades fico me perguntando, consigo dialogar com pessoas do tipo, tão importantes em meio a sociedade, e por outro lado não consigo trocar 2 palavras com pessoas tão importantes pra mim...unicamente pra mim.

Enfim, isso era o de menos, o que importava é que devido aquelas linhas lidas por mim na noite passada estava me propiciando uma manhã, sem definição, ali naquela sala, diante de um palco maravilhoso, com musicos espetaculares, uma plateia emocionada, e a musica arrepiando até o fio da nuca, realmente uma emoção idescritivel, foi realmente maravilhoso para mim, embora para 199 pessoas, minha alegria se baseava no pesar delas, e mais um embate a ser travado no meu amago, o mal estar sentido no inicio, me fez crer, que a cada dia que passa, um sentimento nefasto e ditatorial, esta invadindo minha mente e razão, mas naquela manhã, isso foi sepultado, temporariamente...e tudo foi lindo, foi um domingo....inesquecivel....não gastei um centavo, embora analisando agora, acho que dinheiro nenhum pagaria o ocorrido....ah que domingo foi aquele?, e essa é a unica homenagem que posso humildimente prestar as pessoas que proporionaram o ocorrido.

“A vida é, um sopro. Um cristal. Preciosa. Intensa. Um movimento constante, muitas vezes rápido e acelerado demais pelas tarefas e obrigações do dia-a-dia. Uma sucessão de etapas, cheia de mudanças e acontecimentos. Uma experiência fantástica, repleta de percalços e de aprendizados. Dias bons e dias ruins, momentos felizes, outros nem tanto. Um turbilhão de emoções, até que chega a hora da partida. E ninguém sabe quando essa hora vai chegar. Para muitos, ela é anunciada, para outros, chega de surpresa. É como uma viagem sem volta, um vôo cego, rumo ao desconhecido.”


Livro - Os Irmãos Karamazóvi - Fiodor Dostoiévski
Musica - Aonde quer que eu vá - Paralamas do Sucesso
Rodada - Goias 3 x 2 Palmeiras

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Eu sabia! droga eu sempre soube²


Dei a partida no carro e saí acelerado...pensei que resolveria...ah Fernando...ah Fernando...ledo engano...foi aí que tudo começou......



Parado em cima do viaduto na noite gelada observando perdidamente os carros na parte inferior indo e vindo, luzes viajando num efeito psicodelico, carros...e a lembrança daquele dia me volta a mente, me julgo extremamente infeliz por ter uma memória tão eficiente, que não me deixa esquecer os mais diversos acontecimentos, os de maior infortunio principalmente. Fecho os olhos e somente sinto o vento zumbino em meus ouvidos....e as lembranças vão vindo cada vez mais intensas.


Dei a partida no carro, e saí acelerado, o ronco do motor a me incomodar, mas não tanto quanto aquela dor, aquele terror nos olhos refletidos no espelho, ´parei no semaforo, abracei o volante em uma sensação imensa do mais absoluto desespero, o celular em cima do banco do passageiro...tentação...tentação....fechei os olhos e forcei os dentes com tanta força que acabei mordendo os labios, senti o gosto do sangue na minha boca, e foi aí que o carro de trás começou a businar freneticamente, engatei a marcha e segui, o trajeto.


Conforme fui me aproximando o coração foi batendo mais forte, estacionei no meio fio, a rua estava escura e deserta, dei duas buzinadas, e encostei a cabeça no banco, olhei novamente pelo espelho, o terror dos olhos continuavam lá, ali sozinho no escuro, so pensava naquele brilho, aquele brilho que vinha das mãos dela, naquela imagem do mais absoluto terror, mas aonde eu estava não havia mais volta, era assumir ou assumir, ela entrou no carro, o silencio foi profundo, funebre, a atitude do dia anterior me fez me sentir um ser nefasto, mas eu não podia mais, eu não me conformo, não acreditava, será que eu estava hipnotizado? não sei, nunca irei saber.


Engatei a marcha e dirigi até o segundo ponto, ao chegar no local, ela desembarcou como em toda a viagem, em silencio, silencio que para nós ja foi totalmente ensurdecedor, silencio que so foi quebrado no momento em que disse as palavras mais aterrorizantes que ja ouvi até hoje, saí do carro e caminhei lentamente, parei por um instante, diante daquela lapide, fria, tão fria quanto o que vinha de debaixo dela, mas não acredito, que aquilo de fato me incomodava, o inconformismo, que me tomou era bestial, capaz de tomar todos os meus sentidos, aquela imagem, aquele brilho, droga, sempre esteve la, sempre, demorei tempos para cair em si, e a reação foi da forma mais traumatica possivel.


O trajeto de retorno segui sozinho, mas a mente continuava longe, na velocidade da estrada vazia, olhei mais uma vez para o retrovisor os olhos vermelhos, rosto inchado, fiquei cabisbaixo por um instante, até que fui assustado por um som semelhante a uma trombeta, olhei para minha esquerda, e como um animal pré-historico gigante, uma carreta veio em minha direção, joguei o carro para direita, e como naquelas cenas de filmes de aventura que ja vi varias e varias vezes, o carro girou, soltando um guino agudo, fazendo o asfalto chorar, e cheiro de borracha queimada invadir minhas narinas, após o chacoalhão do carro, fiquei parado, imóvel, sem acreditar no que estava acontecendo, abracei mais uma vez o volante, apertei o celular contra o peito, e chorei, chorei compiosamente, não pelo ocorrido naquele instante, mas, por assim dizer, de tudo, o dia inteiro, era muito infortunio para uma pessoa só, seja o que estivesse acontecendo naquele dia, eu não tinha mais força pra enfrentar eu necessitava de uma tregua, e a cada lagrima que descia pelo meu rosto e refletia a Lua, brilhando, eu lembrava do brilho nas mãos dela, aquele brilho que um dia me fez muito feliz, e me fez sorrir, naquele dia só me fez chorar.....



Livro - Os Irmãos Karamazóvi - Fiodor Dostoiévski
Musica - Stay Alone - Godsmack
Rodada - São Paulo 2 x 1 Palmeiras

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Segundos Erros



"Ninguém tem paciência comigo"


A escuridão daquela noite, a metade da Lua refletia em meio as nuvens dançantes devido a velocidade do vento, vento frio e implacavel, cortante, me forçando a ranger os dentes e cerrar os labios. Perdido, eu estava, eu estou perdido!


Olhando para o céu procurando a solução, fui vitima do egoismo, do egocentrismo, promovido por mim, que sepultou, toda e qualquer filosofia que preguei ou orientei na minha vida, se eu um dia cheguei realmente perto disso, e a maior tristesa que consome meu peito é por achar que eu estava realmente muito perto de conseguir, tolice, eu fui tolo, e hipocrita.


Cometi um erro capital, mas a questão é, que não prejudiquei ninguém, mas feri mortalmente um de meus principios fundamentalmente costituido por experiencias vividas do outro lado do balcão, o outro lado do balcão....fui engolido por ele, por eles, por elas, por essas situações que me tomarão em seus braços como uma manta negra a cobrir todo e qualquer movimento meu, sentindo como se fosse uma formiga a brincar na mão de Buda, ou para os mais ceticos, o pobre rato, cercado por gatos feroses, que brincam de forma macabra com a vitima inevitavel.


A questão que me consome, é como eu não percebi, como pude agir de tal forma?!, e por que eu tenho a sensação de que por mais que cavasse um buraco e me enfiasse la dentro, mesmo assim a minha vida iria interessar a alguém.


Não obtenho perdão pelo fato de que cometi um erro contra mim, e eu tenho uma imensa dificuldade em perdoar, qualquer tipo de erro, embora admita as minhas centenas de limitações, porém nada alivia o meu fardo, experiencia? talvez, mas eu ja não sei mais, na altura, e na velocidade dos acontecimentos, tudo se torna cada vez mais confuso. Tento encontrar a pedra basilar nessa torre de Babel, e quem sabe assim descobrir onde tudo se inicia, ou onde todo o castigo toma forma...


Livro - Irmãos Karamazóvi - Fiodor Dostoiévski
Musica - Our Diabolika Rupture - HIM
Rodada - Palmeiras 1 x 1 Figueirense

terça-feira, 8 de julho de 2008

O Fim de Semana Perdido: Nova Era




"Fala meu anjo..."


A cena se repete 1, 2, 3, vezes mas por mais que eu tente encenar uma falsa fulga, não percebo o quanto rediculo e mediocre eu acabo me tornando.


Ali de frente pra mim, me olhando diretamente nos olhos, consigo perceber minha imagem refletida simultaneamente nos dois olhos, e um arrepio me percorre a espinha, em uma escala cefalo-caudal.


O olhar é desviado por um segundo e então retomo noção da realidade e do tempo espaço em que me encontro, embora la fora o sol brilhe lindamente, ali dentro o frio era terrivel, capaz de fazer a ponta de meus dedos da mão, doerem; estiquei a mão em direção ao rosto, a reação foi obvia, um sobresalto ao toque de meus dedos, porém eu não me detive, não exitei, foi puro instinto, puro desejo, pura imprudencia, pura inconsequencia.


Os olhos voltaram ao encontro dos meus, e eu então deslizei a mão por seu rosto, sem nada dizer, e sem nada ouvir, a não ser o pulsar de minha veia carotida, que pulsava a uma velocidade indescritivel.


Nos levantamos e começamos a caminhar, novamente fui questionado pela minha postura, "criticado" sempre, porém simplesmente sorri, um sorriso sem graça, despretencioso, estava perdido demais para bolar uma resposta rapida e direta o suficiente para agradar a mim.


Agarrou então a meu braço, e disse " Falem bem, ou falem mal, falem de mim" - e então eu respondi " Falem bem, ou falem mal, falem de nós!".


Sorriu, recostou a cabeça sobre meu ombro e seguimos caminhando, pensando com certa clareza agora, não consigo expor de forma exata o anacronismo dos fatos, tamanha a sensação de que fui tomado, e a intensidade causada por ela.


Sentamos ali, de frente um para o outro, ela reclamando dele, e eu reclamando dela, um festival de criticas, e filosofia de vida, pobre de nós em nossa mediocridade, afinal quem esta aí para criticar somos nós mesmos, criticar nós mesmos a nos questionar, acredito piamente de que fatos como esses nos fazem repensar o que queremos de verdade, o bom?, ou o certo?


Ao nos preparar para deixarmos o recinto, após um almoço jaz agradavel. Me inclinei para pedir a conta, ao garçon. E novamente fui de encontro aqueles olhos. Na outra ponta da mesa, e endaguei ja totalmente hipnotizado, naquela fração de segundos.


- Poxa você esta tão longe - eu disse

- ....


E então foi se aproximando devagar, como se o mundo inteiro derrepente funcionasse em um estado de camera lenta, vindo na minha direção, eu nada pude fazer a não ser, adiantar o inevitavel, e ir ao encontro.


Não há sensação de maior extase do que sentir aquele perfume, e aquela respiração, tão junto, tão proximo, como se fizesse parte de um orgão vital do meu corpo. Afastei por um segundo com uma das mãos afastei todos os objetos que estavam sobre a mesa, quase que me deitando sobre a mesa, segurei lhe com as duas mãos, olhando diretamente nos olhos, e novamente, o impeto, o calor e a união se tornaram um evento do qual não posso definir em palavras, o sangue fervente ainda esfria aos poucos na minhas veias.


Tudo se findou, em algumas horas, o que para mim não passou de uma fração de segundos, tamanha a velocidade do tempo naquela hora. Nos levantamos, e saimos, nem o vento gelado incomodava mais; eu nada sentia, olhei para trás, e a placa Nova Era a brilhar no alto do estabelecimento, brilhando, incessantemente como o pulsar das minhas veias, vermelho e intenso, como as veias...e como o meu coração.


Livro - Os Irmãoes Karamazovi - Fiodor Dostoiévski
Musica -The Kids Aren't Alright - The Offspring
Rodada - Atletico MG 1 x 1 Palmeiras

sexta-feira, 4 de julho de 2008

2s Lados




"É tudo minha culpa!"
"Não é tudo culpa sua"


Podemos ir do céu ao inferno em apenas 1 minuto?, não há a menor dúvida!, ao mesmo tempo poderia tocar o impossivel, mas por uma questão de descuido em um milésimo de segundo a chance da sua vida lhe desparece das mãos como em um passe de magica.


A questão é o sentimento da lamúria, eu abomino veemente, embora, devo admitir, me confrontar com esse sentimento dentro de mim em diversas circunstancias, porém, o fato de se lamentar nada ameniza o problema, facil de dizer dificil de aplicar, certo? eu não sei.


A reparar a postura de seres que me cercam fico a me perguntar e a me espelhar, as pessoas que cercam são nossos espelhos.. exemplo, voce sorri para ela e ela lhe devolve o sorriso, faça um ar grosseiro e isso será retribuido a altura.


Isso me causa uma preocupação grande em relação as minhas próprias ações, será que sou tão confuso quanto eles? tão deprimido quanto eles? ou tão apaixonado pela vida quanto eles? a roda se completa em detalhes por sentimentos e atitudes totalmente ambiguas, devo admitir com um orgulho e prazer em dizer que o circulo é totalmente ecletico no que diz respeito a sentimentos e ações, tristes e pessimistas, otimistas e felizes, em qualquer circunstancias.


Só fico a me questionar sendo completamente pragmatico, onde eu me encaixo nesses dois grupos de pessoas? eu não sei, e os ultimos acontecimentos, fazem eu me perguntar isso a cada minuto que passa.


Estou em buraco fechado, e sigo removendo a terra porém, não sei se é para cima, para respirar o ar da sabedoria, e da clareza, ou se é para as profundezas da mediocridade e dos seres tolos.


Livro - Irmãos Karamazóvi - Fiodor Dostoiévski
Musica - Oasis - Magic Pie
Rodada - Fluminense 3 x 1 LDU

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Olhos e Ouvidos

Olhos e ouvidos. Existe uma distância impalpável entre o que dizemos e o que fazemos. A isso se dá comumente o nome de coerência. Outros preferem acreditar que quanto menor esta distância, mais ela acaba funcionando como um potente indicador de honestidade. Coerência e honestidade são virtudes que se completam e geralmente estão por trás de boa parte de nossos orgulhos ou decepções na vida. Como não desenvolvemos sentidos mais apurados para diferenciar pessoas honestas dentre as desonestas, pautamos nosso juízo pelo que ouvimos ou lemos. Somos em grande parte olhos e ouvidos, e reagimos emocionalmente ao que a audição e a visão nos informam. Em linhas gerais,olhos e orelhas funcionam como nossos grandes guias sociais. Enquanto a humanidade não desenvolver outras maneiras para nos guiar neste mundo, resta-nos esperar que os humanos diminuam as distâncias entre o que prometem e aquilo que cumprem. Na política, um mecanismo essencialmente social, temos um exemplo de como essas distâncias são por demais elásticas. Mas não será a política apenas um termômetro de um fenômeno anterior? Não nos mostrará a falência moral em que mergulhamos? Melhor dizendo, não será a política um resultado ampliado desse estado de coisas? Olhe ao redor e perceba como, em inúmeras situações, e em quase todas as instituições sociais, a lassidão moral tornou-se regra ao invés de exceção. Muita gente se pergunta porque não existe reação social a tanto escândalo e corrupção. Parte da resposta está em nós mesmos, que temos aumentado a distância entre o que dizemos e o que fazemos, entre como reclamamos ao mesmo tempo em que nos excluímos das causas dos problemas... A história da humanidade pode ser contada a partir desse elástico que ora afasta, ora aproxima, virtudes tão essenciais para a sobrevivência da raça humana. O que vale lembrar é que coerência e honestidade não são atributos dos deuses - nascem da necessidade do homem em viver em paz e harmonia. V.C.A.P. Livro - Os Irmãos Karamazóvi - Fiodor Dostoiéviski Musica - Pegamutukalá - Raimundos Rodada - Brasiliense 2 x 0 Ponte Preta

terça-feira, 1 de julho de 2008

Complicado¹


"Pode, não podendo, e deixando de ser"


Não existe sentimento ou sensação pior do que esta, pois acho que representa com perfeição o chavão "Prefiro me arrepender do que fiz, do que o que não fiz" ou varios do genero. Mas claro o chavão é a constatação do obvio, obvio lulante. Nunca estamos preparados para uma perda, ou pelo menos eu nunca estou, por mais que no fundo ela tenha sido aguardada, como uma coisa morbidamente natural.


As pessoas se resignam por não receberem um elogio, se o recebem tudo não passa de uma ironia, e a perplexidade me toma de assalto, pela frustração e ceticismo, que corroe as pessoas que me cercam.


Então guardamos as devidas opiniões para nós mesmos, deixo de elogiar, de criticar(termo esse que esta me causando inumeros transtornos nos ultimos dias), a questão é; deixo de fazer o que gosto? deixo de demonstrar sentimentos? pra que? por que? a indignação que esta me tomando é tamanha, e a curiosidade pela mente humana aumenta muito, mente humana em meio a uma sociedade egoista.


Somos criados em torno de paradgmas, e rédias ditadas, desde o inicio da existencia, que ninguém se pergunta sobre nada, simplesmente a segue, opinião própria, não importa, nada importa, pessoas que param pra refletir são sonhadores, não "pensadores", persistentes são teimosos.


A sequencia de acontecimentos estão me deixando pra la de confuso, e perplexo, a vida é tão simples, e tão complicada, ou ela é complicada por nós mesmos?...não sei, eu nunca sei de nada, e fico me perguntando quando eu irei entender, ou será que....as coisas não estão aí para serem entendidas...simplesmente seguidas...como um circulo vicioso?


Livro - Irmãos Karamazóvi - Fiodor Dostoiéviski

Musica - Folia de Santo Reis - Café com Blues

Rodada - Cruzeiro 1 x 1 São Paulo