domingo, 27 de abril de 2008

Palavras, Criticas e Shakespeare




"E tudo deixou de ser um palco de esperança, para se transformar em um reduto de medíocres"


Palavras, peça fundamental em quebra cabeças tão complicado como é a comunicação, as vezes a comunicação não faz sentido algum, ruim? talvez, mas pior do que isso é quando as palavras estas sim perdem o sentido, ou o sentimento e o desejo que elas querem expressar por quem as pronuncia.


"Desculpe".Para alguns é a palavra mais dificil do mundo de se pronunciar, "perdão" então? é a palvra de um idioma desconhecido para muitos!


"Desculpe", "me desculpe", "por favor me desculpe", a palavra e pronunciada incessantemente, e com o passar do tempo vai perdendo totalmente o seu sentido, e o sentimento que deveria ser expressado junto a ela, e la vem, o prolixo, e o paradoxo, resistir a pronuncia, para que esse processo, nocivo e pernóstico cesse em definitivo?


Mas como? como eu poderia?. A auto estima implica em muito nessa circunstancia, afinal de contas, não se sente em condições de argumentar, pensa 1,2,3,4, vezes antes de se justificar, justificar? justificar é arranjar desculpas? medo de enfrentar os problemas? ou será que é mais um factóide, uma forma de distorção de chavões, pregados, como paradgmas que devem ser seguidos a risca?


Isso tem haver com a questão da critica, ja falei se eu critico é porque possuo os mesmos defeitos, pois o que eu não conheço, não me é tatil, nem influente, como pode isso me incomodar?


Conivencia, é conivencia, egocentrismo e omissão, todos formam um ser dificil, se conviver, mas, por que o fato de incomodar, estou fazendo a analise muito mas muito erronea de tudo, porém tento realinhar o pensamento, o raciocionio, mas, a sensação de encurralado, a luz de um novo ponto de vista se faz necessario.


E onde buscar?. Repito, os argumentos pobres, estão por me dilacerar, torço o nariz, enrugo a testa, mas o que fazer?. Nada, tudo deixa de ser um palco de esperança para se transformar em um reduto de medíocres, a infestar tudo.


Sinto que eu poderia fazer algo para mudar, assim tem que ser, mas eu não posso mudar ninguém não devo, isso é um pecado mortal, somos o que somos, "eu sou simplesmente eu" "você é simplesmente você", mas, até que ponto, ser conivente, não posso criticar.


Isso esta errado, a critica não pode se extinguir, é ela que te faz crescer!, se eu deixar de usa-la não estarei insentivando o seu lado ruim??!!


Minha mente se perde com uma interrogação do tamanha do Everest, e faço da frase de William Shakespeare, uma adaptação...criticas usa-la ou não usa-la? "Eis a questão"


Musica - Alegro, Verão - Vivaldi - As Quatro Estações
Rodada - Ponte Preta 0 x 1 Palmeiras

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Extra! Extra! Extraordinário




"A maior de todas as maravilhas não é o conquistador do mundo, mas o dominador de si próprio"


Existem limitações, muitas, a busca por algo diferente, a busca por findar as limitações, a busca pela cultura, mesmo através de livros, é valiosa, porque a felicidade...(a felicidade de novo) depende do que temos na cabeça, e não do que temos nos bolsos. Até que a fama é uma tolice.


A cabeça dos outros é um péssimo lugar para ser a sede da verdadeira felicidade de alguém, embora esse pensamento seja um tanto quanto prolixo vindo de minha parte.


A felicidade que recebemos de nós mesmos é maior do que a que conseguimos no nosso meio. O mundo em que o homem vive toma a forma principalmente pela maneira pela qual ele o vê.


Afinal como tudo o que existe, ou acontece, para um "homem" só existe na sua consciencia, e acontece só para ele, a coisa mais essencial para um homem é a constituição de sua consciência ou pelo menos parte dela. Ser feliz significa ser auto-suficiente.


Por quanto seria suficientemente todas essas informações processadas, como calculos matematicos por uma mente como a minha? não sei...realmente não sei.


Por enxergar tão longe, ele não vê o que está perto; ele é imprudente é esquisito; e enquanto a sua visão está fixada numa estrela, ele cai num poço.


Daí, em parte, a insociabilidade, ele está pensando no fundamental, no universal, no eterno; outros estão pensando no temporário, no específico, no imediato; sua mente e a deles não têm uma àrea comum, e nunca se encontram.


Em geral, ele só é sociável na medida em que for intelectualmente pobre e ordinariamente vulgar.


Ele tem suas compensações e não precisa tanto de companhia quanto as pessoas que vivem numa dependência perpétua do mundo exterior. E repetirei isso mais uma vez nessa semana "Cetico porém correto!"


O refugo da arte proporciona, o entusiasmo, habilitam-no a esquecer suas preocupações da vida e o recompensam pelo sofrimento que aumenta em proporção à clareza da consciencia e pela sua solidão, desertica e consciente, solidão que se torna cada vez menor quando ele esta sozinho, solidão desetica entre raça.


Rodeios e mais rodeios, embora eu nunca tenha relido os textos publicados aqui, acredito que a maioria deles circulem o mesmo assunto, detalhes....detalhes....os argumentos vão se afunilando cada vez mais, embora eu tenha que admitir gostar disso, ja que existe o ditado a bebida entra e a verdade saí, o estado de embriaguez que me faz escrever esses textos, esta me deixando cada vez mais lucido. Pois acredito que não só eu como a maioria das pessoas, vivem os seus factóides diarios, e necessarios para uma vida comum e banal.


Mas o que os meus textos representam? uma mente pertubada? ou como eu digo um bebado que gosta de curtir a embriaguez escrevendo.... digitando? pois embora meus questionamentos em todos os textos sejam muitos, as respostas na maioria dos casos é "não sei", mas sei de uma coisa, quanto mais vou convivendo com as pessoas, um coisa é certa, existem somente dois tipos de seres humanos, os ordinarios, e os extraordinarios, ambos dependendo um do outro para sua existencia, qual é o melhor? não sei, não acho que exista, pois acredito que os dois são como duas pilastras da mesma estrutura, o que seria do bem, se não fosse o mal?


Musica - Gas Panic - Oasis
Rodada - Intenacional 5 x 1 Paraná

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Podemos Aquilo que Queremos




"Querer é poder?"


Nota: "D sua preocupação e atenção são ações passivas de recompensas, inimaginaveis, obrigado"


Eu quero! Percebemos logo cedo o poder dessas palavras. Quando criança, elas pareciam uma sentença mágica nos aproximando daquilo que mais queríamos. Era só expressar, ou melhor, gritar as tais palavrinhas que logo um adulto sem paciência nos fazia calar, garantindo aquilo que reclamávamos.


O tempo passou, crescemos e descobrimos que as tais palavras não são tão poderosas assim, ou estamos fazendo algo de errado com essa mágica. O fato é que nem tudo o que queremos podemos ter. Será que essa era uma fantasia típica de criança que só funcionava quando éramos pequenos e ingênuos?


Certamente essa não é uma mágica furada. Ela continua tendo muito poder e é capaz de realizar e concretizar nossos ideais. A questão é saber usá-la. Quando queremos alguma coisa, somos mobilizados por uma poderosa energia que nos impulsiona. Movimentamos os obstáculos a nossa frente a fim de garantirmos o que queremos. É uma energia que nos mantém vivos, pulsando.


É o contrário da apatia - pelo menos é como deveria ser. Justamente aí, aliás, andamos falhando. Estamos acomodados, continuamos com aquela atitude infantil, esperando passivamente que algo aconteça. A vontade sem ação de nada vale. É como a água que, parada, apodrece e vira veneno.


Já em uma hidrelétrica, onde é bem utilizada, é muito poderosa, garante até mesmo que você leia esse texto.


Queremos tudo: um aumento de salário, um carro melhor, uma promoção, perder uns quilinhos... Ter o que desejar não é problema. A dificuldade está em concretizar, realizar.


É como ficar olhando uma vitrine, sonhando com o tal objeto de desejo, mas não dar o primeiro passo para de fato possuir. Não percebemos, mas muitas vezes estamos assim, entorpecidos, cheios de vontades, porém, sem nenhuma ação.


Corremos o risco de ficar resmungando para cima e para baixo, reclamando da sorte, justificando nossas frustrações na atuação do governo, no mercado de trabalho, no tempo. Inventando mil e uma desculpas para explicar nosso comodismo, ou melhor, o nosso fracasso.


Isso acontece porque entregamos nosso poder de realização nas mãos do outro, da situação, são eles os grandes vilões. E nós estamos sentenciados a imobilidade. Não podemos fazer nada, somos vítimas. Mas é mais fácil se acomodar e aceitar as nossas frustrações, do que fazer algo para que tudo seja diferente. É confortável ficar se justificando, tentando acreditar que você é mesmo um coitadinho, vítima das circunstâncias. Essa é uma escolha. Já para aquele que acreditar em si mesmo, no seu poder, tudo estará garantido.


Sim, eu sou o grande e único responsável pela minha vida e por tudo que nela acontece. Tudo depende de mim, do rumo e do movimento que dou à minha história. Tomar consciência desta verdade é urgente. Aí está o xis da questão, o poder dessa mágica. Agora, só cabe a você usar eficientemente essa poderosa energia. Não dá mais para ficar se desculpando.


Claro que isso pode ser um tanto assustador. É muita responsabilidade, você poderia pensar. No entanto pode ser um grande alívio; a varinha de condão está em suas mãos. Você é o grande e único agente transformador de sua própria vida. Já pensou nisso? Pois é, temos o direito à felicidade.


De ser e ter o que quiser. Basta querer e lembrar-se de agir.
V.G. M. V.


Musica - Freak on a Leash (Featuring Amy Lee) - Korn
Rodada - Palmeiras 0 x 0 Sport

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Eu sabia! droga eu sempre soube¹




"Ó será que existe perdão para esse crime? mas isso não é crime é abominação"


Como eu pude? não entendo, nunca irei entender, tamanha estupidez, será que quanto mais os fatos são explicitos, mais eu fecho os olhos para eles. Será que o pressentimento pode ter alguma relação com a lei da atração pregada muito hoje em dia, não sei, mas ao ver o relogio marcar a meia noite, isso ja não importa mais, nada mais importa, a insatisfação o egoismo e a hipocrisia toma conta de um ser, que não é capaz de abrir os olhos, mas, por que eu me sinto enganado? tudo estava ali, sempre esteve, eu inocentemente fechei os olhos, pior do que isso não os fechei, eles estavam abertos o tempo todo, mas inconcientemente não encherguei, eu vi mas não encherguei, a correspondencia foi aberta com a maior naturalidade, mas o golpe, o solavanco que tomei no interior do peito, foi o pior golpe ja tomado, mas, droga eu não sou a vitima, eu ja sabia, eu ja sabia, o sorriso ironico e macabro que me vem aos labios, são prova viva disso, um sorriso para um sofrimento quase que indiscritivel, o nome conhecido, aquela imagem, ali bem nas minhas mãos diante dos meus olhos, esfreguei os olhos, uma, duas vezes, mas a imagem vai se tornando mais clara, imóvel, permaneço imóvel, como a vitima de uma animal faminto e feroz, que espera pacientemente coberto de terror, a iminente hora do findar, mas, droga eu não sou vitima, eu sabia! eu ja sabia!, ao olhar mais uma vez, caio de joelhos, lagrimas descem pelo meu rosto, e sinto que por dentro do meu peito, dedos negros, e gelidos, vão apalpando meu coração, tentando encontrar o melhor angulo para retira-lo dali, despenco com as mão no chão, e ao enchergo meu reflexo no chão e as lagrimas a umidecelas, Fernando, quão hipocrita, e egoista voce pode ser, passo a mão pelos cabelos, descabelando-se, em um acesso de panico, me lembro agora de um texto ao qual ja mencionei aqui, quanto terror a mente humana pode suportar? quantos infortunios? será que causamos o infortunio em um desejo macabro e auto destrutivo, no intuito de testar essa capacidade, somente por capricho, provavelmente, pois só assim eu consigo tirar um pouco dessa culpa, mesmo ali, desabado no chão com aquela imagem, droga, como pode ser? quando eu vou entender? coisa que qualquer criança, ja sabe, nasce sabendo, eu tenho tanta dificuldade para compreender, meu coração trava uma batalha ferrenha contra a minha conciencia, busquei no sexo o refugio do qual, ja não me serve mais, busquei naquele beijo, o encanto que ja não se encontra mais, mas, eu sabia! eu ja sabia!, a imagem que vi, o rosto que la estava, sempre esteve la, por que de uma hora para outra? eu estou vivendo um pesadelo? doce sonho seria...pois eu poderia acordar e tudo terminaria, me agarrei aquela imagem, colocando ela bem diante do meus olhos, a vista ja turva, esfregando os olhos na imagem, pra que? diabos, por que? agarrei o telefone e disquei os numeros inconsequentemente, uma voz grossa e gelida ouvi do outro lado, murmurei palavras ao telefone, e o voz respondeu em um tom sombrio, o que eu ja sabia, droga eu ja sabia! eu sempre soube!, tomado por uma sensação, totalmente inconsequente uma a mais uma a menos, não importa mais, fato é que tenho a sensação de que fui dominado por um ser inconciente por varios meses, e que de uma hora para outra me traz a tona, para como um ladrão, um vilão, um cacheiro viajante, todos os infortunios causados a terceiros, para que eu em sã conciencia resolva-os....mas droga eu não sou vitima, eu sabia!, eu sempre soube, fui omisso, e compactuei com tudo isso, agora sofro as duras penas, coloquei lentamente o fone no gancho, permaneci sentado no chão, o sol se pondo pela janela do quarto, me senti personagem, de todos aqueles livros lidos por mim, sendo vitimas do quadro que tanto estudei na faculdade, tendo a sensação de que estou sendo o personagem, o ator em uma peça macabra de um teatro de horrores, ainda no chão, as lagrimas ja molhando toda a camisa com os botões ja abertos, coloco as mãos nos olhos, e mergulhado em uma escuridão profunda, imensa, com o tempo totalmente parado, ou andando a uma velocidade insuperavel, não sei...permaneço em tranze por minutos, mas mesmo na escuridão uma luz vem ao fundo, e se aproximando cada vez mais de mim, aquela imagem, abro os olhos, balanço a cabeça forte como se querendo tirar tudo dali, mas eu não posso, nunca poderei, a causa é minha, a luta é minha, não mate mais do que pode comer!!! ah Fernando, ah Fernando, você não é uma criança, é um homem, entenda, ninguém ira te ajudar, é hora de assumir, o que você procurou, o que você quiz, e o que você ja sabia, me levantei, como se estivesse embriagado, a noite ja tomando conta, de tudo, alguém chegou até mim e me disse algo, mas eu não pude ouvir, me passaram novamente o telefone, a voz dela veio ao fundo, mas me pareceu sussurros, mechi os labios, mas não ouvi som, por isso desliguei o telefone, minha irmã veio até mim, me olhou, com um olhar estranho, apenas olhou não disse nada, olhei a imagem mais uma vez, e de novo o inconsequente me prega uma peça, caminho de um lado para o outro, o quarto cada vez mais escuro, começo a barganhar com a sensação a qual não permite tal ação, não se permite negociar, não se permite trégua, mas, droga eu ja sabia! eu ja sabia. Caminhando de um lado para outro, uma sombra a me perseguir, a rir de mim, de assistir de camarote a uma cena tipica de um filme de terror, e de comedia, de um ser que quiz abraçar o que não podia, o que não deveria, a imagem dizia tudo, mas por que? por que agora? afinal eu ja sabia, eu sempre soube, droga Fernando, droga!, cansado do circo montado, uma ultima alternativa, para consumar, adiar o inadiavel, tomei as chaves do carro, tremendo sem ao menos poder encaixar a chave na massaneta da porta, respirei fundo, pude sentir meus dentes rangendo, e meu coração a pulsar pelo pescoço e como agora não ter controle sobre minhas pernas que tremiam com tamanha intensidade, como se eu estivesse nú em plena Antartida, entrei no carro, por um segundo pensei, desista, essa guerra não terá vencedores, até por que você foi abatido, por uma punhalada certeira, e fulminante, mas eu não pude, deveria, mas de novo comportei de forma irresponsavel, inconsequente, egoista, mesquinha, hipocrita, e autoritaria, escostei a cabeça no volante, apertei aquela mão negra de dedos finos, e gelidos, ja abraçava meu coração com as mãos, como se meu coração inteiro ocupasse somente um terço de sua mão, olhei o espelho do carro e vi meus olhos refletidos no espelho, e o que eu vi? simplesmente o terror, o horror, só isso era a unica coisa que refletia de dentro dos meus olhos, pensei em esitar por um momento, em sair daquele carro e me arrastar no chão, para ver se o chão aspero me tirasse tudo isso, como uma licha em uma parede defeituosa, mas eu não poderia, deveria pois acredito seria a unica atitude mais correta e mais certa no dia de hoje, um dia para ser esquecido, mas que estava somente no inicio, dei a partida no carro e saí acelerado...pensei que resoveria...ah Fernando...ah Fernando...ledo engano...foi aí que tudo começou......


Musica - Abismo - Jay Vaquer
Rodada - Boca Junior 3 x 0 Maracaibo

terça-feira, 22 de abril de 2008

A Dor e o Mal




Ja um pouco repititvo esse assunto mas isso pouco importa no momento, fatos, são fatos, duvida, são duvidas; e então volto a me questionar. Mas, se o mundo é vontade, deve ser um mundo de sofrimentos?

Em princípio, porque a própria vontade indica necessidade, e o que ela pretende agarrar é sempre maior do que sua capacidade. Para cada deseja satisfeito, restam dez que são negados. O desejo é infinito, a realização é limitada.

É como as esmolas dadas a um mendigo, que o mantém vivo hoje para que sua miséria seja prolongada amanhã. Cético porém fato.

Enquanto a consciência estiver tomada pela vontade, enquanto me entrego à multidão de desejos com suas constantes esperanças e temores, enquanto estiver sujeito a ter vontade, nunca poderei ter felicidade ou paz duradoura.
E a realização nunca satisfaz; nada é tão fatal para um ideal do que a sua realização. Embora como eu disse antes, uma realização sempre depois de realizada da lugar a outra obsessão outra meta, a ser atingida.

A paixão satisfeita leva com mais frequência à infelicidade do que à felicidade. Porque minhas exigências muitas vezes conflitam tanto com bem-estar pessoal que acaba por me prejudicar.
Tenho claro pra mim que todo individuo traz dentro de si uma contradição disruptiva; o desejo realizado cria um novo desejo, e assim por diante, eternamente.....

No fundo, isso resulta do fato de que a vontade tem de viver dela própria, porque nada existe além dela, e ela é uma vontade faminta.

Pois cada um tem a medida do sofrimento que lhe é essencial foi determinada, de uma vez por todas, pela natureza; uma medida que não pode ficar vazia nem ser cheia em excesso.

Se uma grande e premente preocupação nos é tirada do peito, imediatamente é substituída por outra, cuja matéria-prima por assim dizer já se encontrava lá mas não podia ser percebida pela consciência como preocupação porque não havia lugar para ela. Mas agora que há espaço ela vem ocupar o trono...

Enfim, tudo isso embora escrito, como uma linguagem fraca eu admito, afinal de contas sou só um amador, um bebado, que escreve, ao invés de se arrastar por aí, mas que os fatos abordados agora me parecem tão claros, e limpidos.

Cetico de minha parte? Talvez, mas digo isso sem dor no coração e sem tom de lamuria, a vida é má porque a dor é o seu estimulo e a sua realidade fundamentais, sendo o prazer meramente uma cessação da dor. O homem sabio procura não o prazer, mas a liberdade em relação à preocupação e à dor.

Me lembro de uma frase muito interessante que ouvi a mais ou menos seis anos atras.


"A dor é algo que o homem deve suportar em seu coração. Mas como o coração sente a dor muito facil, alguns homens acabam achando que a vida é a dor"

Livro - Os Demônios de Loudun - Aldous Huxley
Musica - Still Loving You - Scorpions
Rodada - Guaratingueta 0 x 2 Ponte Preta

segunda-feira, 21 de abril de 2008

O Fim de Semana Perdido: 8º - Areias do Tempo



"O que eu não faço por você?"
"E o que seria de mim se não fosse você?"

Onde eu quero chegar com isso? - me faço novamente essa pergunta. Fato que pela manhã estava mais do que decidido, mas por que? e para que? é uma fraquesa ou uma força? não sei, mas, mesmo assim com todas as questões pairando suavemente na cabeça segui como planejado, talvez a noite passada, o entusiasmo pela vitoria do meu time de futebol, o certo era que o entusiasmo e obstinação tinham tomado conta de mim.


Ao caminhar em direção do local, me perguntei também, acho que ela esta tão ciente quanto eu, afinal de contas a minha desculpa me pareceu tão comum, e a minha intenção tão obvia, mas, mesmo assim não isentava a minha responsabilidade, nenhum pouco, se ela estivesse la estaria tão ciente quanto eu.


Ao chegar no local la estava ela, parada com o olhar um tanto perdido, mergulhado nas nuvens de um fim de semana nublado, mas, por enquanto sem chuva, sorri gentilmente sem ela me ver, o entusiasmo dentro de mim, aumentou, e junto com ele um calafrio me fazia tremer intensamente, disfarcei o maximo possível, e me aproximei dela, ela continua mergulhada no vazio, lhe desci a mão pelo ombro, ela ergueu as sombrancelhas e se virou, me comprimentou com um beijo no rosto e suspirou, em seguida disse.


- Fê tem certeza, que precisa fazer isso? - ela perguntou
- Claro, ainda mais que estou de férias, não há hora melhor pra isso. Esitei por um instante, mas desviei o olhar.
Ela somente balançou a cabeça positivamente. E então ela seguiu me acompanhando, eu novemente me perguntando, mas será possivel? é tudo tão obvio!!, o que realmente percebi é que meus calafrios haviam duplicado de intensidade.


Ao abrir a porta, a poeira intensa veio a minhas narinas com tamanha intensidade que por um segundo senti as vias respiratorias congestionada como se fosse por areia....Dei uma olhada por toda a sala, como que admirando o local, e a chamei, ela estava ainda parada na porta, ela adentrou o local.


- Por onde começamos? - ela perguntou, não posso me demorar - completou
- Vamos pela prateleira mais alta - eu disse
Subi na escada e retirei as caixas da prateleira mais alta, e coloquei em um balcao, comecei a vasculhar a caixa, atrás...atrás de nada....ela se aproximou, e começou a procurar junto comigo. E então minha mão tocou a dela, senti de novo aquele choque a faiscar pelo corpo, ela olhou pra mim, como se estivesse me desmascarando ali, lendo meus pensamentos, adentro a minha alma...ou sera que...o que eu via era como se os pensamentos dela fossem um espelho do meus? e então ela desviou o olhar.


- O que foi? - lhe perguntei
- Não posso olhar pra você! - ela disse
- E por que? - eu insisti
- Não consigo me controlar - ela respondeu
Então lhe peguei pelo braço, devo dizer que pensando friamente, essa ação foi de total inconsequencia, instinto, uma força da qual não sei, o que me moveu, ela novamente tentou desviar o olhar, e eu lhe pedi pra olhar pra mim, nessa hora, a caixa caiu no chão e deslizou todos os seus papéis inuteis, pelo chão cheio de areia.


Minhas mãos foram de encontro ao rosto dela, ela levantou o rosto pra mim, e eu lhe disse quase como um sussurro, me beija, ou eu beijo você, ela tentou desviar novamente o olhar, tentando balançar a cabeça negativamente, e eu por um instante esitei, mas devo dizer que a esitação foi por um milésimo de segundo, pois quando ela balançou a cabeça negativamente pela segunda vez, lhe segurei com as duas mãos pelo rosto, ela olhou diretamente pra mim, e então me beijou, tudo absolutamente tudo, ficou em silencio, o friozim daquela manhã ja não me afetava mais, aquele pó tremendo que mais parecia areia fina não incomodava, pois eu não sei ao certo se estava respirando, eu não ouvia nada, não sentia nada, estava tão leve que poderia flutuar no ar.....


Quando nossos labios se separaram e eu tomei conta da realidade, ela colocou a mão em meu peito e me afastou de forma lenta e suave, eu lhe coloquei as mãos sobre o ombro e lhe apertei contra mim, e ela então fechou os olhos e repousou o rosto sobre o meu peito, lhe abracei, ela roçou o rosto em meu peito, como o de uma criança procurando proteção nos braços de um adulto protetor.


Ela olhou para o relogio, muito tempo havia se passado.
- Preciso ir.... - ela disse, e agora o que vai fazer com essa bagunça?
- Vou arrumar tudinho - lhe respondi sorrindo


Comecei a recolher os papéis do chão, que encontravam-se cobertos de areia; ela foi até a porta e parou encima do batente da porta, e ficou com o olhar mergulhados nas nuvens, larguei os papeis e fui ao encontro dela, lhe passei o meu braço esquero pela cintura, ela reagiu fechando os olhos e respirando fundo, recostei minha cabeça sobre seu ombro direito, ela esticou a mão esquerda até atingir meu rosto e começou a acariciar, e reclamou dizendo


- Precisa fazer a barba
- Eu sei - respondi sorrindo
- Preciso ir... - ela disse novamente
- Não vá, fique mais um pouco - eu pedi
- Você sabe, se eu pudesse passava o resto da vida aqui com você.


Ela se virou de frente pra mim e me beijou no rosto, ao olhar seus olhos lhe abracei. Nossas mãos se juntaram e ela foi desgarrando aos poucos, e quando a mão deireita deixou a minha escorreu como um pedaço de véu deslizando como se tocada por uma leve brisa....ela virou as costas e foi saindo, ao atingir uma certa distancia, ela olhou para trás e olhou para mim, sorriu de um forma que não sei descrever ao certo, e depois seguiu seu caminho, eu retornei a minha empreitada, e ao recolher aquela bagunça, de papéis, papéis inuteis, mas que naquela manhã tiveram sua importancia tamanha, agora estava tudo repleto de pó, como disse um pó fino, que mais parecia areia, areia....areias do tempo, areias de um tempo, areias de um tempo que será inesquecivel.....


Livro - Os Demônios de Loudun - Aldous Huxley
Musica - You've Got To Hide Your Love Away - The Beatles
Rodada - Palmeiras 2 x 0 São Paulo

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Programa de Índio


"Hoje é dia do índio?"


Aproveitando o gancho do texto de ontem ja que a data engloba as duas coisas, curioso, um fato que me faz refletir muito de vez em quando, minha irmã me veio no incio da semana me questionar, que dia se comemora o dia do índio. Respondi a ela que não sabia a data, não confessei a ela de que nem me lembrava que esse dia existia.


Fato é que ao puxar pela memoria, me recordo sim, dessa data, e o efeito nostalgico, que me causa, a memoria me leva a uma infancia que agora ja parece tão distante, e me causa a surpresa de que, é curioso isso, quando somos crianças, queremos ser adultos, e quando adultos, as inumeras obrigações, nos fazem querer novamente ser crianças, alguns de nós como eu, tentamos a todo custo de vez em quando resgatar isso, mas o mundo exige cada vez mais adultos, a sociedade, a familia, enfim, o mundo hoje esta muito mais adulto.


Enfim só no dia de hoje descobri que era sim dia do índio recordei a pergunta de minha irmã, não irei falar aqui sobre como os índios são tratados, ou deixam de ser tratados, isso não compete a mim, opinião da qual, me é muito vaga e pobre então nem vou expor, só queria aproveitar a ocasião para refletir sobre essas memorias.


Por que quando crescemos vamos adotando costumes e posturas, tão estranhos, se analisados friamente, quando era criança, sabia o dia do índio, o dia da bandeira, independencia, proclamação e afins, e hoje pra mim só importao os feriados, e só lembro os dias que tenho contas pra pagar, e os dias que receberei o meu suado pagamento, sem contar, os amigos, vamos crescendo e a maioria deles vão ficando pelo caminho, até mesmo pelo desenteresse, ou por um obsessão nefasta, em crescer, crescer pra depois querer ser criança....


Enfim, acho que a vida hoje nos cobra muito, o mundo esta uma locomotiva feroz, e o tempo sempre implacavel, e os costumes de criança vão nos abandonando como o cordão umbilical, a inocencia de criança vai nos abandonando, e transformando crianças puras, em seres de opiniões nefastas e egoistas, ah mas isso é uma outra historia.


A questão é que nossa vida de adulto, é o que uma criança chamaria de "um programa de índio".


Livro - Os Demônios de Loudun - Aldous Huxley
Musica - Eduardo e Monica - Legião Urbana
Rodada - Portuguesa 1 x 1 Botafogo

quinta-feira, 17 de abril de 2008

A de Amizade, A de Amigos





" - Fazer amigos!!!"
" - Hã? Fazer o que? cara palida!"


Acho que definição correta não existe, escrever sobre esse assunto é como pisar em ovos, pra mim, é quase como um religoso explicar assuntos relacionados a uma coisa maior que o próprio ser, tão dificil quanto definir amizade, dificil....e simples tanto quanto 2 e 2 são 4,


Existe a senhora frase "Fazer amigos"....fazer? fazer o que? não somos passiveis de fazer as pessoas nem moldalas, muito menos quando se trata de amigos, seres que nos vem prontinhos, tão prontos quanto o paozinho frances em minha mesa pelo café da manhã.....e em alguns casos como as frutas compradas em uma feira de rua....ela ja vem pronta, as vezes machucada, as vezes verdes, mas ja estão prontas, e a aceitamos da forma como esta, assim são amigos.


Mas o que é a amizade em si, eu não sei direito, acho que a palavra amigos tem para mim como uma palavra sagrada, com um significado divino, afinal são tão poucos os quais agente pode definir como amigos, e de amigos existem diversas, formas, formatos diferentes mas possuindo a mesma natureza da relação, o mesmo carinho, o mesmo companherismo, longe ou perto, não tem coisa no mundo que me da mais prazer, ver o sorriso de um amigo, seja de mim, seja de uma historia contada por mim, aquele sorriso de criança, ou simplesmente, quando a pessoa, me diz "ó tava fazendo isso, lendo isso, ouvindo sobre isso, e lembrei de você", a sensação é tão intensa, tão gratificante, e ao mesmo tempo tão reciproca.


Amigos altos, baixos, homens, mulheres, jovens, velhos, adultos, crianças, todos tem um grau de peculariedade, coisas das quais gostamos, das quais não gostamos, afinal amigos, também tem seus defeitos, afinal de conta, amigos também são nossa fonte de aprendizado num mundo que mais parece uma selva. Eles nos fazem felizes, nos deixam irritados, brigam, mas nunca abandonam nosso coração, amigos, são tão queridos, tão amados, amados....mas seria amor? existe amor na amizade?


- Acredito que não!, amor é um sentimento diferente, pois podemos ter namorados e namoradas as dezenas, e possuirmos nem um terço de amigos, ou até mesmo nenhum, tenho que relacionamentos como esses de homem mulher, em relação a amizade tem uma descrepancia imensa, são tão diferente, quanto o dia e a noite, amor é um sentimento egoista que não permite compartilhar, amizade ao meu ver esta muito longe disso.


Quando ve algo que lhe da prazer, presencia algo bom, seja o que for, você se lembra daquele amigo, que gostaria estivesse ali com voce a aproveitar o momento, e poder sentir o prazer que voce esta sentindo...simplesmente compartilhar a alegria, o prazer do momento, a alegria a satisfação.


Enfim, amizade eu algo grandioso, e amigos estão escondidos em diversos lugares, todos com seus jeitinhos, e formas cativantes, e seus defeitinhos unicos, e que nos fazem aparender a ser tolerantes, pois isso tão faz parte nessa relação, amizade e relação isso eu julgo cabivel.


Amigos são seres divinos, como anjos terrenos, a nos proteger a nos ensinar, a caminhar, a atravessar o caminho das pedras, a eles são muitos, e são poucos, são reais, são virtuais, são amigos....amigos que estão por aí....amigos que como eu li em um texto, amigos que você não faz! e sim reconhece-os.

Livro - Os Demônios de Loudun - Aldous Huxley
Musica - Uni Duni Te - Trem da Alegria
Rodada - Goias 3 x 1 Corinthians

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Sabedoria




"Resumindo, desligue o orkut e vá ler um livro...antes que seja tarde..."



Nos tempos modernos a leitura nos alcança por meios rápidos e generosos. Podemos ler o que quisermos, os conteúdos estão à distância de um toque. Mas a modernidade nos apresenta um mundo medíocre. A vontade do saber foi corrompida pela inutilidade da fofoca.


Nós, os leitores, somos poucos. Pior do que isso: somos desprezíveis. Não somos negócio, não interessamos aos investidores. Somos quase descartáveis...


Enquanto isso, milhões de seres alienados passam horas de seus dias a disparar emails pela rede confundindo qualquer meleca com obra de Mário Quintana, trocando Veríssimo por Jabor, e imaginando que Fernando Pessoa deva ser um blogueiro do interior gaúcho... Não lêem, não pensam, apenas banalizam e pasteurizam um conhecimento superficial.


Apesar de tudo, me enquadro entre aqueles que acreditam que qualquer tipo de leitura é melhor que não ler nada. O analfabetismo é praga terrível, pedra basilar de toda forma de dominação. A ignorância, ensinam os dicionários, é a ausência de conhecimentos, e a leitura é ferramenta importante para o acesso ao mundo da informação. Importante, mas não determinante...


Ter o conhecimento à disposição não significa que todos possam alcançá-lo. É preciso mais, é preciso não só querer o conhecimento, como exercer esta vontade. O paradoxo é que para ler é preciso saber. Sabedoria que muitos analfabetos têm de sobra...

Livro - Os Demônios de Loudun - Aldous Huxley
Musica - Seria Rolex - Móveis Coloniais de Acajú
Rodada - Noroeste 1 x 0 Mirassol

terça-feira, 15 de abril de 2008

Abstrato


"As vezes a revolta se camufla hora em ceticismo, hora em inteligência, e existe a necessidade de se provar algo.... por que? e para quem?"


Você me faz querer ser alguém melhor, engraçado, e triste, por que será? você esta lá, não me pediu nada, e eu nada pedi a você, verbalmente, porém, fico desapontado, e qual o motivo? não lhe disse nada, não lhe fiz nada...porém a expectativa foi muito grande, a torcida foi tamanha, que esqueci meus proprios objetivos, e o que será da nossa vida sem um objetivo para ela. Não me julgue, lhe critico, por me julgar, mas pensando bem, acho exatamente ser esse o meu problema, eu critico por receber muitas criticas!


- Não me cobre, eu não sou quem você pensa que eu sou!! , eu sou simplesmente "eu"


Tão simples, mas, tão dificil. E você quem é você, que me observa hora com olhar perdido, hora com olhar de confiança, hora com olhar vibrante, hora com o olhar turvo e distante....quem é você?

Você é simplesmente você!


Assim como eu somos pura e simplesmente resultado de nossas experiencias, e interatividade com o mundo que nos cerca, nossa fé e crenças são baseadas nessa interatividade, e me refiro a fé guardada as devidas proporções, pois fé nada tem a ver com religião, que isso fique bem claro, fato que convivendo mais , ou menos, intensamente, ou moderadamente, o curioso é que quanto mais tenta ser diferente, mais acaba sendo igual......afinal acredito que é como a modestia, que não passa de humildade hipocrita, quanto mais você recusa elogios mais, esta chamando a atenção para si proprio.....entendo....agora eu entendo, pois assim como a derrota, existem vitorias que nos envergonham para o resto da vida.


Mas se é assim, por que você quer ser diferente, por que não se satisfaz com o que tem? por que? é proprio do ser humano buscar a evolução constante, mas no meio de tudo isso, a ignorancia e hipocrisia de muitos acaba sendo vantajosa no quesito conformismo, seria a Zona de Conforto, também agravadora....talvez...mas eu não sei, não estou bem certo, o foco da questão é....por que a ignorancia, encomoda.....por que, a convicção do outro incomoda? não entendo....será que a ignorancia nesses casos é um beneficio, assim como fanatismo religioso, fanatismo por futebol, a compulsão alimenticia, e a gasto compulsivo, ajudam....a manter a mente temporariamente fora de foco.....é pode ser...


Por mais que eu pense, sei que não existe resposta para o que eu quero saber, por mais que leia, por mais que conheça pessoas, os argumentos, vao se tornando cada vez mais pobres, e isso vai me entristecendo.....e você, como falei, pensei que você fosse diferente, mas quanto mais conheço você, ou acho que conheço mais vou percebendo que você é igual a todos....mas você....


Você é simplesmente você....
Eu sou simplesmente eu.....


Livro - Os Demônios de Loudun - Aldous Huxley
Musica - Ameno - Era
Rodada - Ponte Preta 1 x 0 Guaratinguetá

segunda-feira, 14 de abril de 2008

O Fim de Semana Perdido: 7º - Lágrimas




"Todo pecador deve receber punição condizente com o pecado que cometeu"


Novamente essa situação, meu rosto é tocado por duas mãos uma em cada lado do rosto, abro os olhos e volto a si, e ela esta ali, a meio centimetro do meu rosto, a me observar com a testa enrugada, ela me olha diretamente nos olhos.


- Fê, o que esta acontecendo? - ela pergunta

Eu simplesmente, friamente dou um passo para tras sem dizer uma palavra, e ali, no meio de um emaranhado de pessoas, a sairem do metro, rapido, em suas passadas vibrantes, e apressadas, permaneci imovel, a observa-la, e ela a me observar, pessoas esbarrando em meu ombro, porém não conseguia nem piscar, nada, eu não sinto nada. Ela segue a me olhar nos olhos, a todo o momento, com o olhar de duvida e perdida, meus labios se movem, porém mesmo com as milhares de pessoas, era como se estivessemos só eu e ela vivos, a respirar ali, os outros não passao de zumbis, a correr em busca do nada, porém, o olhar dela vai se tornando desesperador.

- Fala comigo.. - ela diz.

Meus labios se mexem de novo, mas não ouço o som da minha propria voz, mas ao observar, os labios dela começam a tremer, os olhos antes preocupados, são tomados pelo terror, e começao a brilhar intensamente, e lavados por dentro, e então.....ela da um soluço e a agua começa a descer por seu rosto, ela mantém o olhar em mim, agora com olhar carregado, um olhar do qual não consigo descrever, e o pior, não sei descrever minha reação, a qual senti que meu coração foi se endurecendo cada vez mais, e então ela pronunciou mais uma vez as palavras que estão se tornando cada vez mais comuns.....


- Fê...por que fez eu me apaixonar por você?
- Por que fez eu gostar tanto de você?


Eu permaneço em silencio, uma pessoa passa ao seu lado esquerdo e lhe lança um olhar de duvida, estranhamento, pena, não sei ao certo, me aproximei dela, ela agora com a cabeça baixa a soluçar, eu a tomo em meus braços e ela soluça cada vez mais rapido, porém agora repousa sua cabeça no meu peito e fecha os olhos.....

- Fê....eu não posso mais sofrer....eu não quero mais sofrer.....

Engraçado, fico a me perguntar, até quando eu seguirei nessa vida morbida, como se minha existencia, de forma macabra dependesse unica e exclusivamente, do sofrimento alheio para seguir tocando a vida....não sei...não entendo....certa vez ouvi, que quando temos o nosso coração sofrendo por alguém, ambos são responsaveis, o conquistador, e o conquistado, pois no caso do conquistado pesa a irresponsabilidade....a irresponsabilidade, de colocar o coração na palma da mão de quem sabemos não saberá cuida-lo da forma como se deve....porém acredito veemente no fato, de que tudo o que fazemos, causamos, a outros, nos virá devolta, será cobrado de algum jeito, cedo ou tarde...mas se causamos sofrimento a alguem ele retornara, a nós....cedo ou tarde..retornará....e isso enche meu coração de horror.....enfim, naquele momento, fiz o minimo, que acredito não foi o suficiente que acredito só o tempo dirá...por hora, a tomei em meus braços, e a observa-la, ela levantou os olhos, vermelhos, molhados, as lagrimas, haviam escorrido pelo seu rosto de porcelana, os brilhos do pôr do Sol de sabado, refletiam nas lagrimas, como se estivessem sendo refletidas em um prisma....então lhe beijei os labios....e tudo novamente ficou em silencio...sem olhares tristes...sem perguntas...sem dor.....sem lagrimas.....




Livro - Os Demônios de Loudun - Aldous Huxley
Musica - Leona Lewis - Forgiveness
Rodada - São Paulo 2 x 1 Palmeiras

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Felicidade sempre ela!!!



"Feliz? sim....felicidade saí pra lá!!!"

Olho pro relógio a piscar, os olhos ainda a enxergar com certa dificultade, mas a mente ja acostumada, me faz concluir estantaneamente"Estou atrasado", em minutos estou pronto pra enfrentar o dia, fico um segundo olhando para o quarto vazio, como se querendo lembrar algo, mas ignoro o fato e sigo em direção ao trabalho, em meio a agitação no caminho chego definitivamente a conclusão de que realmente não chegaria a tempo no trabalho, e mais uma vez parado no transito recosto a cabeça no banco do carro, ouço, um som, e olho pelo retrovisor e vejo uma pessoa, a cantarolar no carro uma musica que tocava em seu carro, por um segundo meu labios abriram um leve sorriso, pela postura admiravel daquele ser, em mais uma manhã comum, "dificilmente comum", fato é que, ao refletir um pouco sobre a cena alheia, pude relaxar e simplesmente esperar pacientemente até o fim da jornada, e afornadamente devido ao atraso pude assistir de camarote do alto de uma ponte, o nascer do Sol, e vendo ali o astro Rei surgir no horizonte, senti uma euforia interessante a brotar no coração, euforia eu digo, felicidade? não acredito de fato, felicidade? penso alias tenho duvidas se ela realmente tende a existir, pois como ouvi em uma palestra recentemente acredito, que assim como a manhã, e a noite de hoje, foram momentos felizes, mas não que eu tenha atingido a felicidade, engraçado, felicidade sempre ela! tende a ser tema de livros e mais livros a entopir as livrarias, porém é como eu digo, vivemos momentos felizes, que vem são aproveitados em seu maximo, e depois se vão, e dão lugar a outras expectativas, para se atingir uma "felicidade" diferente, acredito que a felicidade, no aspecto que penso seria um mal ao ser humano, pois acredito que a busca eterna pela tal felicidade é o que motiva e molda o ser humano, não só nos dias de hoje como desde o inicio da existencia, porém como eu sempre digo, acho que a felicidade possui um zilhão de significados, como pode não posssuir significado algum para outros, porém como eu disse os momentos de felicidade e euforia, euforia o termo que gosto mais de aplicar são como aquela aurora, e como o Luar em noites estreladas, estão la todos os dias, aparecem durão o tempo necessario e se vão, porém no outro dia la estão eles novamente, mas, a felicidade sempre ela, deve estar sempre ausente, pois só assim eu a procurarei mesmo sem a encontrar, poderei gozar de momentos como agora de pura e instantanea euforia, mas a felicidade.....sim a felicidade sempre ela!!



Livro - Os Demônios de Loudun - Aldous Huxley
Musica - For You - HIM
Rodada - Audax 1 x 0 São Paulo

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Esquife de Vidro...


"Fernando você sabe...no fundo você sabe, sua vida nunca mais será a mesma.....por mais que queira, não poderá simplesmente fechar os olhos....."





Ah como essas palavras fazem sentido, agora, mais do que nunca, infelizmente, não para o meu prazer mas sim, para uma fobia a mais na minha vida, uma paranoia a mais, as palavras que vieram a meus ouvidos de forma simploria, mencionada como a de um professor a um aluno lhe ensinando a escrever ou a ler, que como qualquer conhecimento lhe é dado, lhe é absorvido e nunca é perdido, pode em alguns casos ser sepultado, pelo intelecto ou pelo cerebro em desuso, porém, ele permanecerá com o ser até o fim da existencia, mas em alguns casos como no meu o conhecimento, a verdade, vai tomando proporções dificeis de assimilar com facilidade, ou até mesmo, de aceita-la de acordo com o que condiz com nossas expectativas, pois ja disse uma vez, todos estão certos e todos estão errados, a verdade para uns, pode ser uma lenda, ou simplesmente paradgmas para outros, não sei ao certo fato é que, o boicote, a omissão esta cada vez mais dificil, como me disseram, por mais que eu tente fechar os olhos, tapar os ouvidos, se enterrar a cabeça na areia, nada mais adianta até porque são dítos, longe de uma aplicação real, em uma vida irreal, subconciente, crua em sua essencia, sinto que como o texto que escrevo agora minha mente vai se perdendo em um poço profundo, escuro, estico as mãos, sinto algo entre os dedos, a aperto e ela escorre entre meus dedos como se apertando uma massa de lodo lamacento, porém uma luz cresce, me enche de esperança, me da forças para encarar a vida, de forma que tudo seja conciliado da forma que deve ser, ou pelo menos com minimo de decencia, mas, de uma hora para outra a satisfação aos poucos vai desaparecendo, sinto que não posso me apegar a pessoas, muito menos a objetos, porém a insatisfação com sentimentos, prazeres, sensações de todo o tipo vai se tornando cada vez maior, infinitamente grande, sinto que por momentos ela é capaz do cobrir toda a imensidão do céu, como se extender como raios de sol e cobrir toda a existencia, luto mais uma vez para manter a razão a espeerança, e dobro toda a insatisfação devagar com a força que me resta, como se dobrando uma folha de papel e a coloco no bolso, o bolso da alma, e essa insatisfação segue lutando como uma fera dentro de uma jaula para sair, cobrir novamente tudo, e permanecer ali por toda a eternidade, mas com essa instatisfação solta ou livre não importa!! a sensação que a minha mente me faz ter em momentos como agora, é como se eu estivesse preso em um esquife de vidro a ser observado por seres mediocres, e insensiveis....




Livro - Os Demônios de Loudun - Aldous Huxley
Musica - Princess China Orchestra - Our Selves
Rodada - Chivas 3 x 2 Santos

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Pedras na mochila


"Tem coisas na vida que a gente não precisa saber"

"Alguém já disse que a vida é feita de escolhas. Passei boa parte da minha sem entender o sentido da frase, até descobrir sua incompletude: a vida, na verdade, resulta das conseqüências de nossas escolhas.

Como uma árvore genealógica, nosso passado pode ser desenhado como resultado de vários casamentos que promovemos em vida, como o da ansiedade com a escolha de uma faculdade, ou o do medo com a desistência daquele amor que queríamos tanto...

A conseqüência de todas essas escolhas nos construiu e moldou, e hoje somos seus filhos diletos. O triste para o ser humano é que ele guarda memória de suas esperanças - se se afasta delas, sofre com o que é, e lamenta o que não conseguiu ser...

Voltar ao passado tem muito desse resgate, mas parece-se com a tarefa daqueles mergulhadores que vasculham os restos do Titanic. Ao contrário do Transatlântico, que matou seus ocupantes junto com seus sonhos, nós continuamos vivos, e a vida nos cobra sempre os melhores destinos.

Voltar ao passado é reconfortante, rever nossos sonhos e companheiros de ilusões é muito bom, mas estarmos vivos nos torna a cada dia que passa ainda mais responsáveis pelo futuro que ainda temos. Não importa se somos jovens ou velhos, a idade não define nada quando nunca saberemos quando tempo ainda temos...

Quando olhamos para trás descobrimos duas evidências: queríamos ser felizes, mas conhecemos cada passo que demos para nos afastar dos caminhos que mirávamos.

Medo, irresponsabilidade, ilusão, esses sentimentos esculpiram nossa personalidade, e são ao mesmo tempo pedras que carregamos em nossa mochila. Seremos capazes de nos livrar delas? Teremos coragem? Temos, afinal, um bom motivo para isso?

Se não estamos felizes com o que somos, o que podemos fazer para mudar?

Esta é a grande pergunta da qual não podemos fugir, até porque é ela que define o quanto estamos comprometidos com a vida. Sim, pois a vida cobra respostas. E não estar feliz é um alarme que devemos respeitar, se ainda queremos sonhar..."


V.C.A.P


Livro - Os Demônios de Loudun - Aldous Huxley~
Musica - Abismo - Jay Vaquer
Rodada - Barcelona 1 x 0 Shalke 04

terça-feira, 8 de abril de 2008

Patriota



"Deitado eternamente em berço esplêndido"


Aprecio discussões cultas, e que tenham sua devida significancia em opiniões diversas sobre varios assuntos e que as mesmas venham a somar, nos fazer vermos determinada coisa sobre um angulo diferente, diferentes opiniões, e o melhor nos fazer mudar de opinião. Hoje pela manhã tive uma discussão acalorada, e muito agradavel, com uma colega de trabalho, ela veio me falar sobre o fato de eu e um amigo estarmos comentando as corridas Formula 1, e fazendo menções a jogadores de futebol do exterior, e sobre um comediante de radio que faz piada sobre eles, e eis que ela veio até mim dizer que não tem nada contra contra o comentario só fica desapontada que algumas pessoas fazem humor encima da desventura alheia, e que isso nos torna como ela disse pouco compatriotas, quando esses tipos de comentario chegam em outros paises, acho que foi essas as palavras; bom, como eu tenho lhe muito respeito, devo dizer que a opinião dela me fez parar e pensar por um instante, porém, eu acredito, que ao fazermos seja piada ou brincadeiras, estamos até que de certa forma homenageando eles, até porque, fico a imaginar, um cara que ja foi duas vezes vice campeão na categoria mais importante do automobilismo mundial pela escuderia mais famosa do mundo, e outro que ja foi por varias vezes o melhor jogador de futebol do planeta, iria se importar com o comentario de dois funcionarios publicos pobres perdidos nos confins de um pais subdesenvolvido, porém entra a parte do patriotismo, acho engraçado isso, pois a minha brincadeira em nada usufruir dos seres do comentario, não lhe deixam mais pobres, fortuna que por sinal, ja os fazem de todo, realizados tanto profissionalmente, quanto financeiramente, ao contrario de algumas coisas apresentadas aqui na terrinha a algum tempo, "coisas", digamos atitudes que ao contrario da minha atitude que foi fazer apenas brincadeiras, os outros se aproveitam da desgraça alheia para se fortalecer e inrriquecer, e digo desgraça no sentido literal da palavra, pessoas que cavam, remexem e esfregam na cara de um povo tão sofrido o que todos ja estão cansados de saber e viver, mais uma vez toco no assunto da morbidade, exemplo? o caso Isabela, não vou esticar o assunto pois acredito que qualquer ser em sã conciencia sabe do que estou falando, tão pouco dizer quem é culpado de que, minha opinão de que eu penso que seres pequenos, crianças jamais deveriam deixar de existir depois de nascidas, mas isso é uma coisa minha do meu ser, voltando ao assunto, a morbidade, de novo ela, como pode? a midia principalmente televisiva mais uma vez se supera, diante dos meus olhos, o ser fica por horas, e horas, instigando a revolta, a tristesa, e o povo gosta, assiste se revolta, se contraria, mas não condeno a população quem eu condeno aqui é a midia, que se estapeia em meio a espectadores famintos, simplesmente pelo melhor ângulo do choro da mãe, a melhor foto, a que te traz mais dor, o depoimento mais sofrido, fico totalmente perplexo com tudo, em meio a todo o circo montado e o grau de mediocridade, a apresentadora solta a nota que me faz rir, " Tivemos acesso exclusivo a um boletim de ocorrencia do pai da menina, em 2003, em um acidente de transito", porque eu ri? engraçado, eu também possuo um boletim de ocorrencia, por um acidente de transito sofrido a 1 ano e meio, então tenho tendencias a provavelmente assassinar uma futura filha??, e em meio a toda essa vergonha, pergunto o que é ser patriota? tentar sorrir e batalhando pra ter uma vida melhor?, ou esfregar a desgraça nos olhos de todos? e se enriquecer em cima disso....


Livro - Os Demônios de Loudun - Aldous Huxley
Musica - Savin'Me - Nickelback
Rodada - Santos 2 x 2 Ponte Preta

segunda-feira, 7 de abril de 2008

O Fim de Semana Perdido: 6º - O banco vazio




“Ser livre é possuir a si mesmo.”


Abro os olhos de forma abrupta, assustado, aquele sonho novamente....a respiração pesada, ofegante, me inclino na cama e afundo a cabeça no travesseiro, ao me encolher na cama sinto o suor em minhas costas, embora o tempo la fora esteja frio, e chuvoso, percebo que estou suando muito, tamanha a aflição que sentia, me encolho na cama quase em posição fetal, cubro a cabeça, mergulho na escuridão e sou transportado a uma memoria recente, a memoria de horas atrás.Noite de sabado, a alegria e satisfação pelo ocorrido naquela manhã de sabado me parecia distante, embora só tenha se passado algumas horas, mas não me encontrava de todo insatisfeito, alguma coisa dentro de mim estava, adquirindo um estagio de paz e gozo sereno, mas naquela noite algo me incomodava, estava ali sentado em uma mesa, diante de um copo, suco de laranja e um canudo e vou me perdendo, o canudo no copo, e o mecho hora para a direita, hora para a esquerda envolvendo toda a circunferencia do copo, e a cada movimento minha mente vai indo mais e mais longe, ao fundo um homem com roupas espalhafatosas fazia uma imitação muito boa de Elvis, a musica, My Way, magistralmente executada, eis que um casal de amigos se apresenta a mim, lembro que ela me olhou de cima para baixo e disso,"Ow Fê ta todo gótico hoje...huuum", sorri gentilmente, não sabendo se o adjetivo utilizado foi um elogio ou uma critica, até porque a roupa que eu estava usando confesso nem me lembro agora, mas, fato que sentaram todos juntos e seguimos apreciando a apresentação, e eu me perdendo ainda com aquele copo de suco, tentando como naquelas historias infantis em que feiticeiros ao mecher suas poções magicas em calderões tem a resposta para questões dificeis, no momento em que o homem la na frente terminava de executar a musica "Let it Be" dos Beatles cantada com voz de Elvis ficou muito bacana, nunca tinha ouvido, bom mas como dizia, ao terminar de executar, eis que ele perguntou a todos se alguem teria um pedido em especial, levantei a mão e lhe pedi uma musica, a minha satisfação foi grande, pois de bate pronto ele executou muito bem a musica pedida por mim, e enquanto eu apreciava o ato, eis que meu amigo me da uma cotovelada de leve e me aponta, com olhos maliciosos a mulher que se sentava na mesa em frente, olhei de relance, ela usava uma blusa de alcinha rosa e uma minisaia com estampas do exercito, e me olhava com um olhar que não soube traduzir no momento, meu amigo com seu olhar e voz maliciosas me disse "Ò ta de olho em você" eu disconversei e segui ouvindo a musica que ainda estava a ser tocada, e como não podia deixar de ser, comecei a reparar na mulher a frente de nossa mesa, uma outra chegou e sentou ao lado dela, ignorei a musica por um momento, as duas trocaram palavras, essa segunda olhou para mim e virou de volta para a mulher, quando a musica, se encerrou o casal de amigos se levantaram e foram até o balcão buscar hamburguers e batatas fritas, e mais uma vez segui sozinho na mesa, com meu copo de suco e meus devaneios, ouço o barulho da almofada da poltrona levanto os olhos, e mulher esta ali, bem diante dos meus olhos, de momento me assustei, e perguntei pois não?, e ela sorriu para mim, e perguntou, "posso me sentar aqui um instante?" eu retribui o sorriso e confirmei com a cabeça, pude então reparar que ela usava aparelhos nos dentes, mas o que de fato não lhe tirava em momento algum a beleza do seu sorriso, ela me perguntou se não estava afim de sentar com ela na outra mesa, ou seguir para a pista de dança, não sei o que senti no momento, porém a resposta veio automatica, tanto quanto se ligado por um interruptor, eu lhe respondi não posso, minha namorada vai chegar a qualquer momento e ela é muito ciumenta, ela fez um olhar de admiração e se levantou da mesa, me abriu novamente um lindo sorriso brilhante, me beijou no rosto, lhe retribui o sorriso e lhe agradeci pelo convite, ao se afastar da mesa, deixando somente um banco vazio a minha frente, banco que eu sabia não seria preenchido por ninguém, embora no momento a cena foi interpretada de forma totalmente indiferente, afinal de contas fico a pensar também, coisas como, beijos, caricias, sexo, são cada vez mais irrelevantes, comparados a relação, ao chamado "Relacionamento" em si, mas, ao ficar ali a fitar aquele banco vazio, e agora a tocar ao fundo Love me Tender, seria que o fato de insisto mais uma vez, "querer o que não posso ter" está a cada dia me cegando mais e mais, e fico me questionando se a postura tomada a pouco de forma curta e direta, tenha sido a mais sensata, no momento? porém eu não me arrependo, de fato, eu sei o que quero e luto pelo que acredito, mas fato é que, ao encarar aquele banco vazio constato que quem eu queria sentada ali, a tal namorada fantasia, nunca fez a menor questão de estar ali sentada! será...? não sei; o fato é que retornando ao presente, a imagem daquele banco vazio não se dissipava de meus devaneios e sonhos, e fico pensando que em relação a tal "namorada", do meu lado sempre será uma lacuna um pedaço a faltar....ou como naquele bar...simplesmente.....um banco vazio.....

Livro - Os Demônios de Loudun - Aldous Huxley
Musica - My Way - Elvis Presley
Rodada - Barueri 0 x 3 Palmeiras

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Jazz


"Para fazer boas coisas no mundo, primeiro você precisa saber quem é você e o que dá sentido à sua vida".


Consegui! consegui!, imagino que as palavras a seguir vão sendo despejadas quase de forma inconsequente, lembro que nessa semana me disseram que eu me apaixono todo dia, acho que pode ser verdade.... sim, verdade, agora eu entendi, acabo de chegar em casa num estado euforico tremendo, pois consegui cumprir mais um missão..missão cumprida, e a paixao onde entra nisso?, bom, ja a meses estava num desejo tremendo de assistir uma apresentação de Jazz, porém nunca na vida tinha parado, um minuto se quer para ouvir o som, e me sinto orgulhoso porém de sempre ter os ouvidos dispostos a novos horizontes, e o fato de ser tremendamente apaixonado por ondas que vibram no ar, chamadas musicas, mas infelizmente devido a minha condição financeira, e a agenda dificil de conciliar, nunca consegui assistir uma apresentação ao vivo embora ja tenha visitado casas de som, ao estilo mencionado, porém hoje na saida do trabalho fui com um grupo de amigos, finalmente realizar esse meu objetivo antigo, e devo dizer que a espera realemente valeu a pena, ali do lado de amigos, diante de um palco, com uma iluminação baixa, um homem de meia idade no baixo, um no piano, outro na percussão, e uma moça jovem de cabelos curtos e negros, com uma minisaia preta e meias arrastão, com um olhar seguro a frente do microfone, os musicos ao tocarem a primeira musica, fui tomado de uma sensação incrivel, sim, acredito eu, é a paixão, apaixonado pelo momento, e embora não fosse capaz de ver tenho certeza de que meus olhos brilhavam intensamente, principalmente por ver, os musicos ao tocarem e a moça ao cantar de olhos fechados, como se tocando com a alma, e o principal e o mais importante, e que me faz amar isso, é o fato de ve-los fazendo o que gostam, o que tornou o show simplesmente barbaro, ali degustando um vinho tinto, que diga-se de passagem também estava incrivelmente agradavel, enfim, a conclusão que tirei de tudo, é que sigo apaixonado por essa pessoa que sou, por proporcionar a minha pessoa momentos como esse....e como tantos outros.....que fazem eu me apaixonar a cada dia....me apaixonar todos os dias...pela musica....pelo diferente....pelo novo...pela vida.....


Livro - Os Demônios de Loudun - Aldous Huxley

Musica - Beautiful - Cristina Aguilera

Rodada - Corinthians 2 x 0 Fortaleza

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Tão dificíl quanto o pão....


"O maior inimigo do homem, é o próprio homem"


Ao me dirigir para casa hoje depois de um dia estafante de trabalho, sigo no corre corre, devido a manifestações sindicais na organização onde trabalho, não tive condições de me alimentar de forma correta na hora do almoço, e na saida do trabalho aproveitei para pegar um pãozinho frances, que havia guardado do café da manhã, entro no carro coloco o pão no banco vazio do passageiro a direita, e sigo em direção ao lar, a chuva começa a cair, vejo por cima do viaduto o mar vermelho, o mar de luzes vermelhas, suspiro, e penso bom, vamos la!, e entro de cabeça nesse mar vermelho de congestionamento, aproveito o momento para saciar minha fome, agarro o pacote de papel, e desenbrulho o pão, ao sentilo na boca, o sabor, ou a ausencia do mesmo, e uma secura tremenda tipica dos "pães de ontem" me faz engasgar e tossir levemente, e faz ele descer a garganta com certa dificultade, recosto a cabeça, no banco do carro, e começo a pensar, e comparar as coisas, aquele pão mucho tão dificil de engolir, pois sem um liquido a acompanhar, fui obrigado a engoli-lo a seco, ironico mas, assim como o pão, quantas vezes não temos que engolir em seco? engolir sapos? engolir rãs? engolir "desaforos"? afrontas? engoli-los todos as vezes ao mesmo tempo, e ainda por cima, termos que forjar a satisfação o pura e simplesmente o silencio, existem aqueles que podem dizer, que não os engolem, não admitem, essas circunstancias, acho tudo, e recentemente ouvi algo semelhante em um discurso, em que no meu ponto de vista a pessoa foi totalmente pragmatica, mas não quiz questionar muito menos criticar, embora na minha opinão em relação a vida corporativa, afetiva, familiar, afetiva, e em todo o circulo a que somos expostos, sempre havera algo, e pra que possamos viver com o minimo de indice sociavel, temos que engolir, engolir em seco, assim como aquele pão, mas ao contrario do pão, que tem o papel de alimentar, as outras coisas que engolimos em seco, em alguns casos são como celulas cancerigenas a se inpregnar no coração e na mente....e aumentar...aumentar....aumentar....em alguns casos causando chagas ao corpo...e a alma.....


Livro - Os Demônios de Loudun - Aldous Huxley
Musica - Dumb - Nirvana
Rodada - Central 1 x 5 Palmeiras

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Mudanças....



“Há mais pessoas que desistem do que pessoas que fracassam.”


"Estamos sempre mudando, nada é exatamente igual ao que foi a um segundo atrás. Estamos sempre partindo e sempre chegando em algum lugar. Nossa vida é uma estrada, que pode ser longa ou curta não sabemos onde tem curvas e nem tão pouco onde vamos chegar. Olhar atrás, ver o que ficou as vezes nos custa uma lágrima, um aperto no coração, da mesma forma que olhamos pra frente e sabemos que temos que seguir sem saber o que vamos encontrar. Nossa jornada não tem fim e quando pensamos que terminou ela apenas parou para tomarmos fôlego e continuar aqui ou em outra dimensão. Estamos sempre lutando por novas conquistas, sempre conhecendo pessoas que são muito diferentes umas das outras. As pessoas que entram em nossas vidas, não entram por simples coincidência. Muitas nada acrescentam, outras nos magoam e nos fazem sofrer, mas tem aquelas que nunca queremos esquecer. É como o sol em dias de chuva que nem precisa aparecer, pois sabemos que ele existe e onde podemos encontrá-lo. Assim são os verdadeiros amigos, sabemos que com eles sempre poderemos contar. Desejamos sempre tê-los ao nosso lado, nos trazem felicidades e alegrias. Mas acredite, essas pessoas que não nos agradam também tem seu devido valor, pois são elas que nos impulsionam para que possamos buscar novos horizontes e quando partimos aí somos reconhecidos, e sentem nossa falta. O importante em nossa vida, é nunca esquecer de todas as pessoas que por nós passaram, porque por um motivo ou por outro fizeram parte de nossos dias... "

E.L.N


Livro - Os Demônios de Loudun - Aldous Huxley

Musica - Será - Legião Urbana

Rodada - Santos 7 x 0 San José

terça-feira, 1 de abril de 2008

Sexo, Drogas, Rockn Roll....e o Vazio....



"Let's rock!"


Ao me dirigir no dia de hoje para a caminhada semanal no centro de São Paulo, fato esse que aprecio imensamente, caminhar pelo centro em meio de semana, visitar lojas tranquilamente, faz eu me sentir mais uma vez afortunado por estar empregado, e possuir o emprego que possuo, bom, mas o assunto que me toma de assalto hoje é outro, ao me dirigir a galeria do rock, ponto pra apreciadores do estilo, hoje por sinal muito mais habitavel do que semana passada na manhã de sabado, porém as pessoas a frequentar o local me traz a lembrança um fato que me aconteceu ou melhor que presenciei a alguns dias atrás, estava com um grupo de amigos em um barzinho no centro de São Paulo, bares barzinhos, bagunças, muquifos, não sei qual a diferença entre eles, eu um dia hei de fazer uma pesquisa para achar a verdadeira diferença entre eles, bom, o tal bar era acredito eu para apreciadores de bom rockn rool, assim pensava eu que pensava ter uma noite acompanhada somente de musica e roda de amigos, e isso de fato ocorreu, um parente distante estava por aqui e nos acompanhou na impreitada, ele porém, se sentiu acoado em meio a todo o circo montado naquele local, e o que me deixou estupefato, devo admitir que ja visitei varios ambientes voltados para o público rock, desde os mais populares e classicos desde os mais modernos e diferentes, mas ali naquele local, o que me deixou pasmo foi a quantidade de jovens a cair pelos cantos, em meio a um lugar mal cuidado, em que jovens esqueciam totalmente o que vinha do palco, e se preocupavam somente em beber enxer a cara de caxaça, e fumar quantos cigarros fossem possiveis, fico pensando......uma vez me disseram que eu tenho um jeito muito caxias, acho que é verdade, mas no final da noite, ao eu que passei a noite alteando em ficar em frente ao palco e nos intervalos, na roda de amigos, claro que bebi um pouco não sou hipocrita, mas, fiquei triste ao me despedir do local e ver jovens de classe media alta, a dormir em cantos escuros e escusos do estabelecimento, no apice da embriagues, e porque não da pura nóia, pois sim também presenciei dentro do estabelecimento a venda de drogas rolando solta, entre jovens de boa aparencia, e digo de novo...fico pensando, aquela moçada se divertindo dessa maneira tão abrupta e inconcequente, buscando o que? fico perplexo e triste, pois queramos ou não, o futuro, é isso aí.....sou a favor da questão que todo jovem tem que curtir, aproveitar a vida...mas, eu realmente não entendo isso....repito buscam o que? sera que.....essa, loucura, essa ansia pelo proibido, pelo escuso, ou por segundo eles proprios viver a vida em seu limite...são formas de camuflagem......a mesma forma de camuflagem que eu tento utilizar.....só que com metodos diferentes....forma de camuflar ele....camuflar o vazio.


Livro - Os Demônios de Loudun - Aldous Huxley

Musica - Fome de Cão - Raimundos

Rodada - Corinthians 3 x 1 Marilia