"Resumindo, desligue o orkut e vá ler um livro...antes que seja tarde..."
Nos tempos modernos a leitura nos alcança por meios rápidos e generosos. Podemos ler o que quisermos, os conteúdos estão à distância de um toque. Mas a modernidade nos apresenta um mundo medíocre. A vontade do saber foi corrompida pela inutilidade da fofoca.
Nós, os leitores, somos poucos. Pior do que isso: somos desprezíveis. Não somos negócio, não interessamos aos investidores. Somos quase descartáveis...
Enquanto isso, milhões de seres alienados passam horas de seus dias a disparar emails pela rede confundindo qualquer meleca com obra de Mário Quintana, trocando Veríssimo por Jabor, e imaginando que Fernando Pessoa deva ser um blogueiro do interior gaúcho... Não lêem, não pensam, apenas banalizam e pasteurizam um conhecimento superficial.
Apesar de tudo, me enquadro entre aqueles que acreditam que qualquer tipo de leitura é melhor que não ler nada. O analfabetismo é praga terrível, pedra basilar de toda forma de dominação. A ignorância, ensinam os dicionários, é a ausência de conhecimentos, e a leitura é ferramenta importante para o acesso ao mundo da informação. Importante, mas não determinante...
Ter o conhecimento à disposição não significa que todos possam alcançá-lo. É preciso mais, é preciso não só querer o conhecimento, como exercer esta vontade. O paradoxo é que para ler é preciso saber. Sabedoria que muitos analfabetos têm de sobra...
Livro - Os Demônios de Loudun - Aldous Huxley
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