segunda-feira, 24 de março de 2008

O Fim de Semana Perdido - 4º - A Carona





"Quem quase morreu, está vivo!"

"Quem quase vive, ja está morto!!!"


Mais um fim de semana chuvoso, ou pelo menos parte dele, ja havia comentado sobre ela em dos textos anteriores, mas, existem fins de semana e fins de semana, ali parado na saida do estacionamento, só observando a chuva cair, e me preparando para encara-la afinal de contar ja me encontrava atrasado para o café da manhã, um café da manhã para discutir trabalho, em plena pascoa, ali parado vou sentindo a garganta queimando e segunrando para não tossir, em meio a minha saude debilitada me lembrei de uma frase que a Hellen sempre me diz, "Pô Fernando você vive doente" e me lembro ao mesmo tempo de um dos epsodios do Chaves em que é dito a frase"Você sempre teve corpo de bicho doente",bom assim como agora, na hora em que fui assaltado por essas lembranças risos me vieram aos labios, enfim, suspirei, olhei pra chuva e pensei, bom vamo la, pro banho, ao dar o primeiro passo alguem me chamou.

-"Fê, quer uma carona?", quando me virei la estava ela, como uma menina com seu sorriso peralta, dizendo, "Fê não pode tomar chuva, vem no meu guarda chuva!". Ela seus longos cabelos deciam pelo ombro, usava um casaco cinza com uma toca que descia pelas costas, por baixo um colete verde escuro, que combina com suas calças tambem verdes, juntos com uma camiseta branca, o guarda chuva da mesma cor de seu casaco, ela me perguntou se também ia para o café da manhã com o super, e respondi com a cabeça em sinal positivo. Ela me entregou o guarda chuva, e disse "vamos", abri o guarda chuva, e ela se agarrou em meus braços, e seguimos, ela falou, durante o caminho, mas devido a sensação que eu estava tendo com ela ali, agarrada em meus braços, encostando sua cabeça de forma graciosa em meus ombros, me fez esquecer de tudo, associada a chuva que caia incessante e fina quase como uma nevóa, senti como se uma corrente elétrica faiscasse do meu coração para o restante do corpo, a única coisa que queria era que o caminho nunca tivesse fim, para que aquela rua deserta e chuvosa não tivesse fim, porém ao chegarmos, sentamos perto um do outro, ela sempre falante com todos, e eu com aquela sensação engraçada, igual a um garoto, que acaba de se apaixonar, se apaixonar a primeira vista, e que se sente perdido tomado por tamanha sensação avassaladora, que aquela carona me proporcionou. E o café da manhã: embora a discussão sobre trabalho e o dia dia vai correndo de forma agradavel nesse tal café da manhã, é só nela e nos minutos, que passados a pouco fizeram com toda a sua simplicidade, fazer daquela manhã, de fim de semana, valer a pena, em seus pequenos detalhes tornar tudo simplesmente perfeito......


Livro - O Cemitério - Stephen King
Musica - Abir os Olhos - Sandy e Junior
Rodada - Paulista 0 x 2 Palmeiras

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