segunda-feira, 19 de maio de 2008

O Fim de Semana Perdido: 9º - CCSP




"Nunca deixe nas mãos de ninguém uma responsabilidade tão grande quanto a de assumir e promover sua felicidade.'


As vezes eu fico a me perguntar se sou mesmo desse planeta, por que o meu pensamento diverge tanto da maioria, uma maioria conhecida por mim que tenta ser diferente mas que cegamente não percebe que sua ansia por se mostrar diferente, querer exibir-se, torna se não um ser diferente, mas execravel de qualquer tipo de definição.


Ao caminharmos em direção ao CCSP, não precisava de um espelho pra dfinir meu olhar naquela hora, um olhar perdido, amedrontado, meu coração se dirijia para matadouro?, mais uma vez... ela me olhou e perguntou


- Fê que cara é essa?
- Não é nada - respondi laconico e displicente, afinal de contas tudo é indiferente.
- Muda essa cara criatura


Sorri só para retribuir a atenção, mas a cada passo o coração batendo em compassos, gelados, que era capaz de sentir bulha por bulha dançarem na veia de meu pescoço. O caminho decorreu no mais mobido silencio; minha mente insistindo no fato de que o que eu receberia ali, foi procurado por mim, pensamentos sem ações nada são, hipocrita, hipocrita, mas isso pouco importava, acontecece o que aontecece meu coração seria oferecido em um prato, caberia a merecedora de tal sacrificio o destino dele, destino que tem como responsavel somente, eu!


Sentamos em um banco de madeira, lado a lado, ela inclinou-se para frente, e disse:


- Bom vou começar do começo - falou sorrindo

Eu interrompi e disse


- Antes que diga qualquer coisa, quero que saiba, que aconteça o que aconteça, nada vai mudar o que eu sinto por você!


Ela suspirou, eu permaneci em silencio, somente a observar, e ela novamente sem me encarar de frente, ela recuou por um momento e então disse.


- De um tempo pra cá, eu só penso em você, em ficar perto de você, de conversar com você o tempo todo


Tentei conter a surpresa que as palavras me causarao, relutei se estava mesmo acordado, refleti por um segundo enquanto o Sol estava se ponto, por um canto do salão. Ela permanecia sem me olhar diretamente.

Encostei minha cabeça em seus ombros, e lhe disse, que as ansias delas erão como o reflexo dos meus em um espelho duplicador de sentimentos.


- Mas Fê isso não pode ser!! - você sabe tanto quanto eu

Balancei a cabeça positivamente, porém rebati dizendo


- Então diz pra mim, o que eu tenho que fazer? diga e eu o farei!

- Eu não sei- ela respondeu

- Eu queria tanto te dar um beijo - ela disse

Passei as mãos por sobre seus ombros e ela deitou a cabeça em meu ombro

- Me abraça pelo menos - eu disse

- Não posso, não posso!

Sorri novamente, pois a situação, era compreensivel, e o respeito cobria qualquer tipo de instinto que de sobressalto me tentava tomar.

Nos levantamos e começamos a caminhas, uma chuvinha fina começou a cair, apertamos o passo, ela agarrou em meu braço, eu disse.


- Pelo menos, ta vendo, sempre que tomar um banho de chuva vai lembrar desse dia...vai pensar em mim - disse sorrindo

- Eu não preciso disso pra pensar em você!


Nos despedimos, ela para esquerda e eu para direita, ironico não? mas o nosso caminho todos os dias são exatamente opostos.


O que eu venho a enfatizar é a questão, de que somos moldados desde crianças com principios, enfadonhos, posso estar utilizando um bom senso deficitario por pensar acredito eu mais com o coração do que com o cerebro, mas fico me questionando, quem disse, que devemos agir de forma que nos priva de termos o que queremos, por uma mera imposição, que juro, não sei quem, mas que nos acorrenta, esta por atrasar a vida de muitos, mas teimamos, em abrir mão da tal felicidade, ou conforto, pra seguir as regras de alguém, pra satisfazer alguns, e manter a ordem pra não sei quem, vida sociavel? talvez, mas isso pra mim é uma vida sociavel mediocre.


Livro - A Historia da Filosofia - Will Durant
Musica - Juvenília - RPM
Rodada - Palmeiras 2 x 1 Internacional

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