terça-feira, 27 de maio de 2008

Luz Vermelha e Lagrimas



"Há sempre espaço e tempo para ser quem de fato somos. Só é preciso escolher isso." (Parafase)

Ali estava eu de novo, como vivendo um de-javu, ou vivendo um dos milhares devaneios da minha mente perturbada, e de sonhos..., me encaminhando de novo para aquele local, dessa vez por decisão unica e exclusivamente minha!


Ela se encaminha do meu lado esquerdo, a cena é identica, amparada por algumas alteções interessantes, duas coisas badalão na cabeça, e me fazem concluir mais uma vez, ter um objetivo na vida é a pilastra principal na sustentação da mesma, mas tolo aquele que não se prepara para o pós vitória.


Caminhando, ela olhava para o chão com um olhar perdido, desesperado, lhe passei a mão em seus ombros, mas ela permaneceu estatica, o curioso, e também inesperado de minha parte é que ao remecher os sentimentos sepultados com o tempo, e remexendo idearios do fundo do amago essa era a cena desejada por mim, imaginada, por tempos, mas, agora que tudo se encaminhava como eu planejava, ou torcia para que assim o fosse....por algum motivo, isso não me deixou satisfeito, sinti que mesmo acontecendo como eu queria...como torci para que fosse, eu não me sentia satisfeito, e começo a tomar posturas das quais fico me questionando infinitamente.


Ela se sentou, no encosta do jardim, juntando os joelhos e apertando as mãos nos joelhos esticou a cabeça para trás, a luz dançou no pedaço de cristal em seu pescoço, e cabelo deslisou suavemente para trás, mas aquele olhar perdido, e triste continuava ali, olhar que anos atras pertencia a mim, esta estampado no olhar dela!


Fiquei de pé em frente a ela, seu rosto caucasiano, perfeito, começa a se enxarcar, me agachei e fiquei de frente para seus olhos que mergulhavam em lagrimas, murmurou palavras, que fiz o possivel para ignorar, não a mais dolorido do que discutir a dor, seja nossa ou de quem seja!


Limpei suas lagrimas com as pontas dos dedos, seus labios, tremiam, segurei seu rosto com as duas mãos, e olhei para ela com um olhar de criança como querendo dizer não chore eu estou aqui pra você sempre estarei...


- Eu não quero mais ser forte, eu não quero mais fingir - ela disse


Me sentei ao seu lado, ela recostou a cabeça em meu ombro, e aos poucos foi se acalmando, a luz vermelha dos postes predominante nas ruas do centro da metropole dançavam junto com a luz dos automoveis, pela rua, ao mesmo tempo que comecei a falar, e discutir com ela assuntos corriqueiros e as minhas neuras de uma forma simploria, e comica, o sorriso voltou as labios dela, o que me enxeu de um sentimento que não sei definir, mas poderia definir "em parte" como paz.


Os olhos dela ja brilhavam, olhou em meus olhos.


- Fê obrigado, você me fez muito bem hoje.


Levantamos e começamos a caminhar, passei o braço por entre seus ombros, e caminhamos em direção a saida, no caminho admirando de novo a cena, as luzes vermelhas do centro, em uma noite de clima agradavel, seguimos conversando no caminho, não lembro a conversa no caminho, eu continuei com os olhos fixos nela, não queria de forma nenhuma que aquele sorriso fugisse daquele rosto.


No fim do caminho a velha cena, eu lhe abracei e beijei, e mais uma vez ela para esquerda e eu para a direita, por Deus!!! santa ironia, numa noite, de batalhas contra as lagrimas em um palco com luzes vermelhas......o grande vencedor estava la...indo pela esquerda.....ele...um belo sorriso!


Livro - A Historia da Filosofia - Will Durant
Musica - Because the Night - Cascada
Rodada - Atletico PR 1 x 1 Atletico MG

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